“Morri e nasci de novo”, disse Júlia Losada, 24 anos, uma das atletas de paraquedismo que estava em um avião que precisou realizar pouso forçado, em Boituva (SP). O acidente — causado por uma possível pane elétrica — aconteceu na última quarta-feira (11/5), e duas pessoas morreram.
A aeronave de modelo Cessna Aircraft 208 decolou com 16 atletas do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) no período da tarde. O avião ficou destruído após pousar na zona rural e o resgate das vítimas mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, da prefeitura e da Polícia Militar.
Moradora do Distrito Federal, Júlia foi uma das vítimas que sobreviveu. Abalada, a atleta fez uma postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (18/5), contando sobre o momento de terror vivido, e como é ser paraquedista. “Esses foram os nossos saltos antes do acidente… E essa é a vida do paraquedismo: é amor, dedicação, sintonia, presença, responsabilidade, diversão. É um esporte que você precisa estar 100% nele”, disse a jovem, na publicação.
Identificados como Wilson José Romão Júnior, conhecido como Juninho Skydive, 38 anos, e André Luiz Warwar, 53 anos, os colegas de Júlia perderam a vida praticando o que amavam.
Acidente
O avião que transportava os parquedistas em Boituva caiu no dia 11 de maio em Boituva, no interior de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nove pessoas foram atendidas pela corporação e duas sofreram parada cardiorrespiratória. A prefeitura da cidade informou que as duas pessoas não resistiram e morreram.
O avião tinha partido do Centro Nacional de Paraquedismo, com passageiros que fariam saltos de paraquedas. De acordo com as primeiras informações dos militares, o avião de pequeno porte teria colidido com uma torre de alta tensão. Houve vazamento de combustível, mas não houve incêndio.
O CNP é um espaço com 99 mil metros quadrados que promove aproximadamente 20 mil lançamentos por mês, desde 2002. O centro é a maior área para prática de paraquedismo na América Latina e uma das maiores do mundo.