Mobilidade

Rede Urbanidade questiona projeto da nova Saída Norte

Por meio de um documento, a rede apontou desconformidade com a legislação urbanística, ambiental e de mobilidade urbana do DF

Nesta terça-feira (17/5), a Rede de Promoção da Mobilidade Sustentável e do Transporte Coletivo do Distrito Federal (Rede Urbanidade), integrada por representantes do Ministério Público do DF (MPDFT) e da sociedade civil, divulgou um documento com questionamentos sobre o projeto da nova Saída Norte, com posição contrária à obra.

De acordo com a rede, o texto — que contém 45 questões — foi criado como forma de responder a consulta pública da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) a respeito do projeto. Entre os temas contidos no documento, está uma possível necessidade de espera da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (Pdot/DF) e do Plano Diretor de Transporte Urbano do DF (PDTU), assim como a aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), segundo a Rede Urbanidade.

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Além disso, o documento também indaga questões como a realização de estudos sobre alternativas de transporte na região; os critérios técnicos, ambientais, econômicos e sociais utilizados no projeto; e a possibilidade de aumento do número de automóveis no Plano Piloto.

Por fim, a Rede Urbanidade se posicionou contra o novo empreendimento. “Entendemos que os recursos públicos podem e devem ser empregados com o objetivo de reverter a política de incentivo ao automóvel e criar uma rede integrada de transporte, ampliando assim o uso do transporte coletivo e reduzindo a participação dos deslocamentos por automóvel”, finalizou o documento. Sobre a divulgação do texto, a Semob respondeu que vai analisar os questionamentos e vai esclarecer todas as dúvidas sobre a nova Saída Norte.

O projeto

O novo complexo rodoviário deverá ser formado por 16 km de pistas e 23 viadutos, passando por duas pontes sobre o Lago Paranoá. A proposta da nova Saída Norte pretende ligar o Plano Piloto à BR-020, próximo a Sobradinho.

O local será construído pelo Governo do Distrito Federal por meio de Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade de concessão administrativa. O investimento previsto é de R$ 3,8 bilhões, e o contrato vai durar 25 anos. A empresa vencedora deverá construir o complexo em aproximadamente quatro anos, devendo fazer a conservação e a manutenção durante o prazo contratual.

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