A Associação dos Servidores e Empregados do Na Hora (Assosehora), junto ao Sindicato dos Servidores Públicos Civis (Sindireta), apresentou nota de repúdio contra a portaria que revogou medidas sanitárias de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus. O repúdio é contra a portaria, mas foi apresentada ao Governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha. A portaria n° 429, de 9 de maio de 2022, revogou a Portaria nº 187, que estabelecia medidas de controle da covid-19.
O índice de contaminação atual está em 1,22, isso significa que 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença para outras 122. A pandemia está descontrolada quando a taxa está acima de 1, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). "O relaxamento de medidas preventivas no cenário atual é, no mínimo, precipitado e imprudente", afirma o Sindireta em nota.
"Além disso, somos contrários à implantação do chamado modelo híbrido de atendimento (agendamento+ atendimento espontâneo), divulgado no último dia 4 pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania", conta. A justificativa é que a medida implicará aglomerações, tumulto e, consequentemente, maior risco de contágio para usuários, servidores e empregados do Na Hora. "Temos registros na imprensa que esta atitude já está prejudicando o funcionamento das unidades", afirma o Sindireta.
Segundo a nota, o governo adota tratamento diferenciado a alguns órgãos que compõem o próprio Na Hora, como Polícia Civil do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Polícia Federal e Secretaria de Desenvolvimento Social. "Estes foram dispensados de realizar atendimento sem agendamento, essa distinção de critérios não é justificável", afirma.
O sindicato ainda destacou que o sistema de agendamento "representa um marco na melhoria do atendimento ao público, uma vez que proporciona organização, redução do tempo de espera e evita tumulto e aglomerações". Além da satisfação do público atendido, o sindicato afirma que também há segurança no trabalho dos servidores e empregados.
"Não é o momento de voltarmos à normalidade, reduzindo os cuidados básicos de prevenção ao contágio. O atendimento ao público deve sim continuar sendo de excelência, desde que a saúde dos servidores seja preservada", afirma. "Pedimos bom senso do senhor governador e esperamos que reconsidere a decisão", finaliza o grupo.