A família da mulher que chamou um jovem negro de "macaco" em uma discussão sobre açaí em Taguatinga emitiu uma nota, nesta quinta-feira (12/5), em que afirma que ela sofre de esquizofrenia paranoide, com evolução crônica, progressiva e sem possibilidade de cura. A nota foi emitida por meios dos advogados dela.
A defesa alega que Cláudia luta há anos contra a doença. Segundo a nota, o transtorno tem piorado nos últimos anos, "fazendo com que ela tenha momentos de surtos mais constantemente e perca o controle das próprias ações, exatamente como ocorreu no episódio demonstrado pela filmagem difundida".
A nota ainda esclarece que Cláudia está em tratamento e a dosagem do medicamento foi aumentada recentemente. Devido à dificuldade dela de "praticar atos da vida civil", a família está resolvendo pela interdição dela.
Por fim, a família e Cláudia dizem repudiar "veementemente qualquer tipo de agressão, seja física ou verbal, bem como qualquer forma de discriminação, desculpando-se pelos fatos divulgados pela imprensa e por qualquer ofensa proferida".
Entenda
Nesta quarta-feira (11/5) viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra a mulher ofendendo Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, dono de um quiosque que vende açaí em Taguatinga. A discussão começou quando a mulher pediu que o açaí dela não viesse com banana, ele então informou que não tinha como, pois a fruta já vinha batida junto com o açaí. É então que a mulher dispara. "Macaco, preto, idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta", diz. Racismo e injúria racial são crimes previstos no Código Penal. A pena varia de detenção de de três meses a cinco anos e multa.