À frente da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) há cerca de um ano e reeleito para o cargo na semana passada, José Aparecido Freire acredita que a capital do país se encontra em um período de recuperação da fase "mais sombria" da pandemia. Nessa terça-feira (10/5), em entrevista à jornalista Samanta Sallum, no CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília —, o empresário comparou as realidades vividas pelo setor produtivo nessas duas fases.
Sobre o funcionamento de empresas, José Aparecido destacou que, no último ano, 57 mil negócios nasceram no DF. "Tivemos mais de 23 mil que fecharam. Então, ficamos com um saldo positivo de 34 mil, aproximadamente, que abriram em 2021. Isso tudo mostra a capacidade que o empresário do Distrito Federal tem de ser empreendedor, de investir e de acreditar", afirmou.
Em relação à Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal (Luos), publicada em 28 de abril, José Aparecido Freire afirmou que a norma dará segurança jurídica a negócios até então não regularizados. "Tínhamos avenidas comerciais com viés de residências, que, com a sanção da Luos, passaram a ser avenidas comerciais. Agora, podem surgir muitas empresas. Calculamos que devem ser 10 mil novas", completou.
Sobre o segmento de eventos, um dos mais prejudicados pela pandemia da covid-19, o empresário disse "ver uma luz". O presidente da Fecomércio-DF comentou que o setor emprega, direta ou indiretamente, profissionais de, aproximadamente, 52 atividades. Assim, Brasília pode se tornar um local visado para diferentes atividades, com olhar especial para alguns setores. "O turismo — infelizmente, não só no DF, mas no Brasil — não é muito explorado, e temos a quarta melhor rota de turismo (na capital federal). Temos de trabalhar nessa área", ressaltou José Aparecido.
Estágios
O presidente da Fecomércio-DF acrescentou que a retomada do setor produtivo levou à contratação de estudantes, o que poderá contribuir com o futuro deles. "(Foram cerca de) 4,3 mil aprendizes e estagiários inseridos no mercado de trabalho. Isso é um dado muito importante", ressaltou. José Aparecido mencionou que a federação conta com um programa de inscrições, para colocar os interessados em contato com empresas. "Nós encaminhamos jovens a partir dos 14 anos. Eles recebem bolsa e precisam estar matriculados (na escola), cumprindo o mínimo de frequência."
Para participar do programa de estágio do Instituto Fecomércio, os estudantes devem comparecer à sede da entidade, na Quadra 6 do Setor Comercial Sul. Além disso, a federação fará, no próximo sábado, uma ação na Praça Central do Paranoá, para cadastro gratuito de jovens da região administrativa.
*Estagiário sob a supervisão de Jéssica Eufrásio