Vídeo gravado pelos investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) mostram o momento em que os quatro estelionatários acusados de aplicar golpes e tirar R$ 300 mil de idosas do DF são presos (veja o vídeo abaixo). O grupo é de Curitiba e, segundo as investigações, veio à capital por três vezes para fazer vítimas.
Christiano Silva do Carmo, 46 anos, Igor Ancay de Lima, 30, Natanael Rodrigues, 38, e Perácio Silveira Dias, 37, são investigados pelos crimes de organização criminosa, estelionato e uso de documento falso. Na noite desta quarta-feira (4/5), o quarteto desembarcou em Brasília para aplicar mais um golpe. Na manhã desta quinta-feira, os quatro saíram pelas ruas de áreas nobres do DF em busca de vítimas, principalmente idosos.
Após a polícia tomar conhecimento de que o grupo estaria na capital, começaram a monitorar os acusados. Pela manhã, eles abordaram uma mulher, de 70 anos, na Asa Norte. Na ocasião, um dos integrantes se aproximou da idosa e, se passando por uma pessoa mais pobre, mostrou um documento e alegava que uma pessoa por nome de “Shimitt” estaria lhe devendo R$ 2 milhões. "Em seguida, no meio dessa conversa chegada o segundo suspeito, que falava que conhecia o tal Shimjt e que era um grande empresário da cidade e bom pagador", explicou o delegado Maurício Iacozzilli, adjunto da 1ª DP.
Sem saber de quem se tratava o tal empresário, a idosa foi convencida pelos criminosos para levar os criminosos até o "Shimitt". Um dos integrantes, então, entrega uma bolsa com dólares e barras de ouro falsas como sinal de "confiança". "Eles diziam que, se ela topasse, iria ganhar 10% em cima do valor dos R$ 2 milhões supostamente devidos", acrescentou o delegado. Após a idosa topar, os criminosos alegavam que ela também precisaria dar um voto de confiança e entregar algo de valor. "Eles iam com a vítima até a casa dela e lá recolhiam joias e dinheiro", disse Maurício. No DF, as três mulheres vítimas do golpista perderam um total de R$ 300 mil.
Prisão
O grupo vinha sendo monitorado pela polícia desde abril. No final do mesmo mês, os três foram qualificados. Com as investigações, as equipes constataram que o grupo viajou por três vezes para Curitiba e Goiânia.
Na tentativa de deixar a capital, os quatro foram surpreendidos pelos investigadores dentro do avião e levados à delegacia. A PCDF segue com as investigações para identificar os donos das contas onde o dinheiro do grupo era depositado.