Em cerimônia no Cine Brasília na tarde desta quarta-feira (4/5), foi lançado o Programa DNA do Brasil Talentos, com o objetivo de identificar talentos esportivos e a vocação profissional de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal.
O projeto, de parceria do Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura, Esporte e Educação (Idecace) e da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral, da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (Subin/SEEDF), beneficiará, a princípio, alunos de 7 a 17 anos de 22 escolas do DF, localizadas em Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Lagos Norte e Sul, Recanto das Emas, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga.
"Eu costumo dizer que tudo isso é científico, o difícil é desenvolver. Para desenvolver a gente criou uma metodologia pedagógica que a gente ensina português, matemática e desenvolvimento social ou ciência social através dos povos", explicou Wilson Cardoso, presidente do Idecace.
O projeto, que começou durante em 2006 na candidatura do Rio de Janeiro nas Olimpíadas, vai além da descoberta do talento para uma avaliação vocacionada da criança e do jovem. "A criança acaba se desenvolvendo dentro do talento dela. Se ela é boa pra administração, ela começa a fazer os cursos de administração, como que é esse mercado? Como que ela passa por isso? Com um serviço como um coach e ao mesmo tempo ela possibilita que essa criança vivencie a experiência de ser um administrador de empresa", explicou Wilson.
O deputado distrital José Gomes (PP) também esteve presente no evento e falou sobre a importância da educação. "Quando vi o projeto, de imediato disponibilizei com o nosso mandato pra fazer esse grupo, estamos começando com vinte e duas escolas e os professores também serão beneficiados com pós-graduação. Espero que a gente consiga passar de todas as escolas do Distrito Federal", revelou.
A princípio o projeto beneficiará 22 escolas mas os organizadores já planejam uma expansão, já que o projeto beneficiará tantos alunos quanto os familiares.
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Participações especiais no evento
Na cerimônia de lançamento do projeto várias representantes de entidades do DF e apoiadores do projeto estiveram presentes, como Hélvia Miridan, secretária de Educação do DF; Vera Barros, subsecretária de Educação Inclusiva e Integral; Flávio Pereira, secretário da Pessoa com Deficiência do DF, entre outros.
Além disso, o evento contou com a presença de três atletas e ex-atletas brasileiros como a velocista Maurren Maggi, o competidor de salto triplo Jadel Gregório e o saltador Kawan Pereira.
A ex-atleta, saltadora, velocista e política Maurren Maggi falou da importância do projeto e do prazer de ser chamada para ser madrinha. "Um projeto tão grandioso pode mudar a realidade do nosso país e eu não tenho dúvida nenhuma que é um futuro muito próximo que nós estamos de poder fazer a coisa certa, que é sempre mexer na educação junto com o esporte. Para mim é a melhor coisa que existe", falou ela. Maurren fez história no Brasil e no atletismo ao ganhar a primeira medalha de ouro feminina em esportes solos, no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
O atleta de saltos ornamentais Kawan Pereira, que é brasiliense, falou um pouquinho sobre a trajetória dele em projetos e da importância desse programa no DF. "É bem importante porque visa encontrar novos atletas como eu, dentro da escola. É bem importante para encontrar novos atletas olímpicos", disse.
Jadel Gregório foi um dos maiores nomes do atletismo do Brasil na primeira década dos anos 2000, e como chegou ao esporte por meio de projetos sociais, acredita que o DNA do Brasil pode transformar vidas das crianças e adolescentes. "Transformar vidas de crianças e de adolescentes através da educação e através do esporte para a gente é um sonho sendo realizado", disse o ex-atleta. "E eu fico muito contente de fazer parte do DNA do Brasil e fazer parte do desenvolvimento do nosso país e automaticamente poder ver de perto essas crianças tendo oportunidades", complementou.
Ele ainda afirmou a importância de dar oportunidades à crianças e jovens. "Se eu tivesse mais oportunidade quando criança, talvez eu seria um atleta ainda melhor. E hoje eu podendo ver a educação e o esporte caminhando juntos é um sonho sendo realizado", falou.