“Se eu nascesse 10 vezes, 10 vezes seria aviador militar”. Assim resumiu o ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Cherubim Rosa Filho, a sua paixão pela Aeronáutica, que começou na juventude, quando ingressou aos 17 anos, na Força Aérea. Membro dedicado, aos 95 anos, Cherubim ainda participava de ações e tinha no STM uma sala para quando visitava o tribunal. O ministro morreu na última segunda-feira (2/5), de causas naturais.
Ao Correio a filha única de Cherubim, Cláudia Braga Rosa, emocionada, destacou como o pai era querido. “Todo mundo o adorava, ele dava palavras para os jovens, conversava com os advogados que estavam se formando. Não tinha uma pessoa que falasse mal, do presidente ao porteiro, todos gostassem dele. Era uma pessoa de caráter íntegro, muito justo. Era formidável”, salienta. Cláudia reforça: “Era um herói”.
A filha lembra das histórias do pai. “Por volta de 1960, chegou a ficar perdido na Floresta Amazônica por uma semana. Ele pilotava as aeronaves mecânicas e naquela época não tinha comunicação. Ele tinha histórias fantásticas para contar”, pontua.
A Força Aérea Brasileira (FAB) lamentou o falecimento do tenente-brigadeiro do ar, Cherubim Rosa Filho, em sua página oficial. Cherubim foi velado, nesta quarta-feira, no Hangar do Grupo de Transporte Especial (GTE), dentro da Base Aérea de Brasília, que fica localizada na Área Militar do Aeroporto Internacional de Brasília.
Voluntário
Entre os anos de 1989 e 1996, o ministro ocupou uma das cadeiras destinada à Aeronáutica na composição da Corte Castrense. Em 19 de março de 1993 foi empossado presidente para o biênio de 1993/1995.
Mesmo depois de passar para a inatividade, continuou à disposição da Justiça Militar da União e do Superior Tribunal Militar como voluntário, ministrando palestras para estudantes, militares e visitantes do STM.