Após quase 48 horas de julgamento, a Justiça do Distrito Federal condenou os acusados de executarem a tiros Rafael Wanderson Otaviano, integrante da facção Comboio do Cão, morto em 28 de abril de 2016, no estacionamento do Fórum de Justiça de Santa Maria. A vítima foi surpreendida a balas no momento em que descia de um Honda Civic para participar de uma sessão de júri.
Com um aparato de quase 50 policiais das forças de segurança, o julgamento começou às 9h dessa quarta-feira (25/5), no Tribunal do Júri de Brasília, e só foi finalizado às 2h desta sexta-feira (27/5), com o resultado da sentença. Os quatro acusados do homicídio, incluindo o traficante Helio Alves, mais conhecido como Helinho, foram condenados. Juntas, as penas ultrapassam os 70 anos. Helinho recebeu uma condenação de 22 anos e 6 meses, mesma pena de Alcemir. Maicon foi sentenciado a 24 anos e Maikon Douglas a 13 anos e 6 meses.
Saiba Mais
Os réus estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda desde 2016, ano do crime. Na ocasião, Helinho assassinou Rafael Otaviano, como uma forma de vingança ao Comboio do Cão. A vítima chegou ao Fórum pela manhã, por volta das 8h, estacionou o carro, quando foi surpreendido por três homens, identificados como Maiquinho, Guin e Maicon Douglas, que estavam dentro de outro veículo.
O grupo atirou no carro de Rafael até o momento em que a PM chegou ao local. Houve troca de tiros entre os criminosos e os militares. Rafael morreu no local.
Gangue rival
Integrante de uma gangue do Gama, Helinho era aliado de Fabiano Soares, o Pepita, que foi assassinado em 2014. Com a morte de Fabiano, Helinho assumiu a liderança do bando e se uniu à viúva de Pepita para cometer crimes de tráfico de drogas e homicídios. Em uma guerra interminável com os integrantes do Comboio do Cão, Helinho também acabou vítima de uma tentativa de homicídio em dezembro de 2018.
Em uma outra ocasião, em fevereiro de 2014, Helinho organizou um grupo para ir ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) para matar Rafael Abelha, do Comboio. No entanto, ao chegarem no local, Abelha estava escoltado por Wilinha e Fabiano, os dois chefes da organização criminosa.
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