Médicos acusados de vender atestado falso são alvos de operação

Os policiais civis cumpriram três mandados de busca e apreensão no DF. A apuração continua para identificar pacientes que compravam os laudos e outros profissionais da saúde

Darcianne Diogo

postado em 26/05/2022 18:06 / atualizado em 26/05/2022 18:11

(crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Esculápio, que investiga um grupo criminoso composto por médicos da capital suspeitos de vender atestados médicos com informações falsas. Nesta quarta-feira (25/5), policiais civis da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/Decor) cumpriram três mandados de busca e apreensão.

As investigações revelaram que, ao menos, dois profissionais de saúde utilizavam-se de uma estrutura física de uma associação para comercializar os atestados, que possibilitavam afastamentos de empregados sem justa causa, além da concessão indevida de inúmeros benefícios. Entre eles, a obtenção de isenção de transporte público interestadual.

A apuração policial mostrou, ainda, que, no mesmo local onde eram vendidos os atestados, era oferecido aos pacientes os serviços de advocacia para que, com os laudos médicos fornecidos, conseguissem obter judicialmente a aposentadoria junto ao INSS. Após o recebimento da denúncia, os policiais civis realizaram diligências e cumpriram três mandados de busca e apreensão no núcleo principal de investigados, composto pelos dois médicos, uma pessoa que secretariava o trabalho destes.

Os profissionais podem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade de atestado médico, fraude processual, entre outros delitos que estão em apuração. De acordo com a PCDF, as investigações continuam no sentido de atingir também os pacientes que utilizaram dos atestados fornecidos para obter benefícios e outros médicos que praticam conduta similar.

A operação Esculápio foi assim batizada em razão deste ser o nome atribuído ao Deus da medicina na mitologia grega.