Águas Claras /

DF Plaza desocupa apartamentos

Famílias receberam a recomendação para deixar as unidades residencias após rachaduras

Ana Maria PolCarlos Silva*
postado em 27/05/2022 00:01
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

"Estamos saindo no susto, sem saber ao certo o que está acontecendo ou como prosseguir", desabafou Mariana Martini, 27 anos, uma das moradoras da Torre D do Condomínio DF Century Plaza, em Águas Claras. Ela saiu às pressas do apartamento devido a problemas na estrutura do prédio. Famílias receberam a recomendação para deixar as unidades em que residem, após a Defesa Civil fazer uma vistoria e constatar trincas em pilares de dois andares usados como garagem. Apesar de o órgão informar que não há risco iminente de desabamento, a empresa responsável pelo edifício recomendou a desocupação residencial até que sejam finalizados o estudo e o reparo, que inicialmente estão previstos para ocorrer ao longo dos próximos 30 dias.

De acordo com o coordenador de desastres da Defesa Civil, Wender Costa, equipes do órgão vão emitir diagnósticos mais precisos para avaliar as causas das fissuras no pilar. "A decisão de sair, ou não, é pessoal. Há uma estabilidade no prédio. Constatamos as fissuras, mas percebemos que não progrediram, não evoluíram. Não é uma ciência precisa, mas não há sinais de desabamento. Se existir qualquer risco, nós vamos fazer uma reavaliação. Aparentemente, ainda é possível ficar tranquilo e com a vida normal", explicou. 

A administração do prédio ofereceu duas opções para os moradores do bloco atingido que deixaram seus apartamentos: ajuda de custo de R$ 2,5 mil ou estadia em um hotel. Ao fim dos 30 dias, os administradores deverão informar se eles poderão voltar para o prédio durante os reparos ou se será necessário prolongar o afastamento. Em nota, a empresa que administra o prédio, a Erbe Incorporadora, informou que, além de ter contatado a Defesa Civil, acionou uma equipe de engenheiros para avaliar a situação e tomar medidas preventivas.

Segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em estrutura de concreto Paulo Chaves, uma rachadura deve acender o alerta em duas situações. Uma é quando está localizada em um elemento da estrutura de concreto, que é o esqueleto da edificação. A outra é o tipo de fissura. O especialista pondera que, no caso do DF Plaza, é preciso um cuidado redobrado. "A fissura no pilar é sempre algo preocupante e que merece ser verificada. Pode não ser nada, mas se atinge o concreto e não está só na argamassa, sobretudo em um pilar que é uma estrutura de sustentação, é preciso atenção", diz.

*Estagiário sob a supervisão
de Guilherme Marinho

 

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