CB. Poder

Mais transparência na CLDF

Em entrevista ao CB.Poder, vice-presidente da Câmara Legislativa fala sobre aplicativo para monitorar ações parlamentares

Lorena Rodrigues*
postado em 25/05/2022 00:01
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Na edição de ontem, o programa do CB.Poder, do Correio Braziliense, recebeu o deputado e vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rodrigo Delmasso. Em entrevista à jornalista Ana Maria Campos, o parlamentar deu detalhes sobre o novo aplicativo da casa, que permite que o cidadão monitore a atuação dos distritais. Além da ferramenta, o deputado também falou sobre atividades legislativas e avaliou os projetos de leis.

Tem uma novidade na CLDF que é um aplicativo para o cidadão monitorar a atuação dos parlamentares. É isso deputado?

É, exatamente. Não só monitorar, mas acompanhar a ação de todos os distritais. A quantidade de projetos de leis apresentados e projetos que são relatados. A gente chama de democracia participativa, aonde o cidadão pode colocar um dedinho positivo ou negativo no projeto de lei que o deputado está apresentando. Nesse aplicativo, você pode ver a atuação de cada parlamentar. Isso é importante e vai ser fundamental para os parlamentares mostrarem o seu trabalho e, também, paro o cidadão acompanhar o seu parlamentar. É muito simples, é só baixar o aplicativo na App Store ou no Google Play e fazer o login. Pronto, acessou a plataforma e ela é automaticamente atualizada.

E os gastos dos deputados, também é possível monitorar?

Também. No portal da transparência da CLDF (cl.df.gov.br), estão todos os gastos de verba indenizatória e tudo que um parlamentar faz. Tem todo detalhamento, inclusive a prestação de contas de cada deputado que usa a verba indenizatória. Tudo certo e transparente para que o cidadão possa ter acesso. O aplicativo é mais para atuação legislativa e o site da casa é onde qualquer cidadão pode acompanhar os gastos dos parlamentares e da própria Câmara Legislativa, também.

Junho é um mês importante de votações. O que será pautado neste momento?

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) traz algumas novidades, principalmente para contratação no serviço público. A previsão é de muitos concursos, inclusive para este ano. E outros projetos, que inclusive votaremos hoje, que é a alteração da Lei do Bolsa-atleta, que vai equiparar os valores da bolsa e, também, ampliar o acesso para fomento ao esporte no DF.

Qual a opinião do senhor 
sobre a entrada da ex-ministra Damares Alves no seu partido,
o Republicanos, agora
candidata ao Senado?

Pelo o que eu percebi, a candidatura da Damares é uma candidatura do Presidente Bolsonaro. Eu, particularmente, não tenho muito o que interferir nessa situação, mas ainda digo que o Republicanos, por tudo aquilo que o governador Ibaneis fez, não só pelo partido, mas por Brasília, tem um compromisso em andar com o governador na sua reeleição, independente de qualquer cenário político.

Pela candidatura da Damares, vinculada a Bolsonaro, pode surgir uma candidatura ao governo. Isso "racharia" o Republicanos. Se houver um acordo com o PL, de forma que a Flávia não seja candidata ao senado, o senhor acredita que resolveria?

Isso não só não resolve, mas acho muito difícil de acontecer. Mais uma vez, acredito que é uma questão que o presidente Bolsonaro precisa decidir. Até, porque, a minha visão é que se você divide a direita, como está sendo dividida, você dará vaga para a esquerda. Eu acredito que isso não é o desejo presidente Bolsonaro. Então, a direita precisa sair com um candidato único. Se dividir, a esquerda leva a eleição. Então, o presidente precisa decidir, de fato, quem é o candidato. Em relação ao governador Ibaneis, acredito que, pelo menos, os parlamentares que estão no Republicanos não vão ter como não andar com o governador. Demos a palavra ao Ibaneis e precisamos cumprir.

O senhor acredita que haverá essa união? No caso da deputada Paula Belmonte, por exemplo.

Eu acho que o único grupo que, talvez, não sente para conversar, seja o do Reguffe, Paula Belmonte e o grupo do governador. Mas a maioria que está compondo o grupo do Ibaneis precisa sentar na mesa e definir. Até porque, na cabeça do eleitor, quando ele for pra urna, ele ficará extremamente dividido. E essa divisão vai prejudicar a estratégia da direita em ocupar a vaga de Senado e a maioria das vagas de Deputado Federal.

Ainda há suplências a negociar?

Sim. Primeiro suplente e segundo suplente. Hoje, as chapas de Deputado Federal já estão definidas em relação a isso. (Para o Senado) Eu vejo que é uma estratégia fratricida da direita, sair com essa quantidade de candidatos. Na minha visão, a direita pode estar entregando a cadeira à esquerda, se não unificar. Tanto o presidente Bolsonaro quanto o Governador Ibaneis, precisam ter diálogo e liderar a composição da centro-direita para ganharmos a eleição e a maioria das vagas de Deputado Federal e a vaga do Senado.

 

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