O motociclista atropelado, arrastado e morto por um motorista bêbado na madrugada desse sábado (21/5), foi sepultado na tarde deste domingo (22/5), no Cemitério do Gama. Renan Pires de Araújo, 33 anos, foi atingido por Jessivan Leal Araújo, 30, na DF-489, no sentido Gama, próximo ao condomínio Fênix. O condutor também bateu em outro carro.
Além de embriagado, o motorista conduzia o carro, um Volvo XC60, em alta velocidade. Modelos novos do veículo têm preço inicial de R$ 390 mil. Jessivan não prestou socorro e fugiu do local do acidente. Ele foi capturado pela Polícia Militar do Distrito Federal e preso em flagrante, por homicídio culposo e embriaguez ao volante. O teste do bafômetro acusou 0,40 mg/l. Resultado acima de 0,34 mg/L é considerado crime de trânsito. Renan, operador de áudio e vídeo em uma empresa de educação, morreu na hora do impacto. Apesar da brutalidade, ele pôde ser velado com o caixão aberto.
Uma pessoa próxima à vítima, que não quis se identificar, contou ao Correio que Jessivan estava discutindo com a companheira, no Estádio Bezerrão, no Gama. Não há detalhamento sobre agressões físicas ou violência contra a mulher. Testemunhas chamaram a polícia e, quando a equipe chegou ao local, o motorista fugiu. No percurso, atropelou, arrastou e matou Renan.
Elane Pires, 45, tia da vítima, contou ao Correio que o jovem era recém-casado. "É entristecedor. Ele estava com planos de construir família e trabalhando com possibilidades de crescer no emprego. É uma pessoa com futuro promissor", lamenta. A familiar relatou que Renan tinha boa conduta. "Ele estava sempre caminhando corretamente. É frustrante e doído que a morte tenha vindo dessa forma inesperada e com bastante violência", desabafa Elane. "Providências têm de ser tomadas", cobra.
Apesar do sofrimento, os parentes de Renan, como forma de honrar a memória do jovem e tentar suavizar a tristeza, mantiveram clima de leveza durante o velório. "É sofrido, porque perdi um filho. Os cometários mostram o quanto ele é querido. Ele não quer (que a família sofra), eu sei porque carreguei ele nos braços e foi isso que ele aprendeu comigo, a ser alegre", emociona-se Joel Gonçalves de Araújo, 72, pai de Renan. "Ato de irresponsabilidade e covarde", caracteriza a atitude do condutor.
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