Último dia da maior feira do agronegócio do Centro-Oeste, a AgroBrasília, este sábado (21/5) ainda reservou fortes emoções para quem estava acompanhando o evento. O InovaAgroBrasília reúne sete startups que vão apresentar ideias inovadoras sobre o tema de controle biológico, para combate a pragas agrícolas e a insetos transmissores de doenças por meios de inimigos naturais.
Coordenador do InovaAgroBrasília, Ricardo Araújo detalha que o projeto selecionou, na primeira fase, 13 startups com ideias inovadoras sobre o tema. “Elas foram avaliadas por meio de critérios de impacto e viabilidade econômica", destaca. "Das 13, apenas sete passaram para a fase final, dessa vez, com critérios voltados à parte de economia, investimento, aportes e geração de valor para a cadeia produtiva", explica Ricardo.
Durante as primeiras horas da manhã deste sábado (21/5), as sete finalistas se apresentaram e, a partir daí, serão escolhidos três vencedores. "Só o fato de se apresentar, já traz uma visibilidade enorme para esses projetos”, pondera o coordenador.
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Os projetos
A primeira startup a se apresentar foi a AVant Sementes & Drones. Segundo o representante da empresa, João Gabriel, a ideia do projeto é trabalhar com o monitoramento do campo, gerando economia no uso de recursos. "O monitoramento por drone não substitui a ida do técnico até o campo. Ele só vai indicar qual local está com algum tipo de problema, otimizando o trabalho dele", destacou.
Em seguida, foi a vez da Biotecland, empresa do Distrito Federal que trabalha com uma tecnologia de micro-algas. Dágon Ribeiro, CEO da startup, afirmou que a ideia é criar uma agricultura sustentável. "Nossa tecnologia é o primafert, que é um concentrado de micro-algas Clorela, para ser utilizado na agricultura e na produção agrícola. Ela otimiza o crescimento vegetativo, melhora a qualidade do solo, promove a resistência das plantas e aumenta a produtividade", detalha.
Na sequência, duas empresas apresentaram possíveis soluções para o controle de pragas no campo. Primeiro, Paulo Ribolla, cofundador da Bsafe, ressaltou como funciona a proposta. "Visa uma mudança de estratégia de controle de pragas, com a produção de um novo tipo de biomolécula, específica contra pragas", comentou.
Logo depois, foi a vez da Life Biological Control. Gabriel Nunes, coordenador de produção da empresa, afirmou que as pragas chegam a causar mais de R$ 50 milhões em prejuízo para o agricultor. "Por isso, trazemos como solução produtos biológicos - a base de vírus, fungos, bactérias e micro-vespas - que são altamente eficazes no controle das pragas", assegurou o representante da startup.
A quinta empresa a mostrar seu projeto foi a Microsoil BR, que trouxe uma solução para controle de fungos fitopatogênicos. Pedro Henrique Monteiro, sócio-fundador da startup, afirmou que a proposta é fazer esse controle a partir de isolados bacterianos que são obtidos do solo e de carcaças de formiga, ambos vindos do oeste do Paraná. "O interessante de trabalhar com a formigas é que podemos criar ideias de como controlar os fungos delas, assim como a própria formiga", destacou.
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A penúltima apresentação foi de mais uma empresa do DF, a Moara, representada por Fernando Silveira. Ele disse que o projeto é o BioPro Solo, que ajuda na solubilização de fósforo no solo, promove o crescimento da planta, tanto na raiz como na parte aérea, induz a resistência à seca e ajuda a planta na absorção tanto de água quanto de nutrientes.
Por último, a empresa Sardrones — representada por Gustavo Scarpari — trouxe uma proposta de dispersão de agentes biológicos e sementes na agricultura, por meio de drones e dispensers. "Temos um problema de falta de mão de obra e equipamentos para a realização deste trabalho. Por isso, trouxemos essa proposta que, além da agilidade, ajuda a chegar a áreas de difícil acesso", destacou.
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