A mulher que teve o corpo encontrado parcialmente carbonizado na manhã de quarta-feira (18/5), em um região de mata na BR-070, em Taguatinga Norte, foi identificada por amigos e familiares. Depois de verem fotos das tatuagens da vítima, eles confirmaram ao Correio que se trata da atendente de uma loja de roupas, Marina Paz Katriny, 30 anos. A moça nasceu em Rio Branco, no Acre, e veio para o DF em 2016, com uma tia.
A Polícia Civil do DF ainda aguarda laudo da perícia para confirmar a identificação. Perguntado se a mulher encontrada é mesmo Marina Paz, o delegado-chefe da 17ª DP (Ceilândia), Mauro Aguiar, afirma que "existe a possibilidade de ser ela ou outra mulher", diz. O investigador pondera que está na fase inicial de identificação da vítima, à espera do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML).
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A reportagem apurou que o namorado da vítima era ciumento e o casal, que brigava com frequência, terminava e voltava constantemente. Um amigo próximo de Marina, que não quis se identificar, falou ao Correio que uma amiga mais próxima da mulher ligou e disse "mataram a Mari", e outro amigo foi ao IML reconhecer o corpo.
Ele conta que, quando viu as fotos das tatuagens, confirmou que se tratava de Marina. Ele afirma que estava afastado da amiga, que pretendia ser mãe. "Cheguei a ver eles umas duas ou três vezes, e depois ela ficou sumida", relembra.
Histórico de agressões
Outro amigo de Marina, que também quis manter a identidade em sigilo, relata que aconselhava a mulher a se afastar de pessoas que ela achava serem amiga. "Pedi para ela ser mais seletiva em relação às pessoas, principalmente no relacionamento, porque ela teve um ex que batia nela e ela aturou dois anos", expõe.
Ele acrescenta que ela queria ser mãe. "Ela brincava comigo que estava na hora, porque chegou aos 30", afirma. Ele assegura que quando Marina começou a namorar, ela se afastou. "Dói tanto saber dessa notícia", lamenta.
Amiga de Marina, Naya Oliver fez uma postagem em que lamentou a morte da mulher. "Que tristeza, que impotência, que desespero! Pergunto por que, mas ninguém sabe responder", diz um trecho.
Naya diz que tenta aceitar o impossível, "mas o meu coração se recusa a conceber a ideia de que não voltarei a ver seu sorriso, escutar sua voz, abraçar você", emociona-se. A amiga comenta que Marina partiu cedo demais e tão de repente. "Seria sempre cedo demais, mas agora sinto que ficou tanto por dizer, tanto por fazer, tanto por viver", afirma.
"Vou sentir e até lá honrarei sua memória e toda a história que construímos. Descanse em paz, minha querida amiga. Até sempre!", conclui a amiga da vítima.
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Relembre o caso
O corpo de Marina foi encontrado parcialmente carbonizado na manhã de quarta-feira (18/5), em um região de mata na BR-070, próximo à Escola Técnica e à Chácara Goiás, em Taguatinga. O crime, apurado pelos investigadores da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), ainda é tratado como homicídio ou feminicídio. O Instituto de Criminalística e o Instituto de Medicina Legal (IML) estiveram na região para colher provas e recolhendo o corpo.
De acordo com moradoras do local, a vítima foi localizada por uma pessoa que passeava com o cachorro da família e visitava parentes na região. O animal deu o alerta ao farejar o corpo. A mulher assassinada vestia short e camiseta, além de usar o que parece ser um colar e um relógio. O corpo estava em uma vala na região de mata seca. "Eu não vi nenhum fogo. É estranho com esse tempo seco terem colocado fogo no corpo e não ter incendiado o mato", comentou uma moradora, que não quis se identificar.
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