Tragédia

Paraquedista do DF publica vídeo antes do acidente que matou dois atletas

Após fazer pouso forçado com 16 atletas a bordo, a aeronave ficou destruída. Júlia Losada, moradora do DF, foi uma das sobreviventes. Duas pessoas morreram

Rafaela Martins
postado em 19/05/2022 10:36 / atualizado em 19/05/2022 10:36
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

“Morri e nasci de novo”, disse Júlia Losada, 24 anos, uma das atletas de paraquedismo que estava em um avião que precisou realizar pouso forçado, em Boituva (SP). O acidente — causado por uma possível pane elétrica — aconteceu na última quarta-feira (11/5), e duas pessoas morreram.

A aeronave de modelo Cessna Aircraft 208 decolou com 16 atletas do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) no período da tarde. O avião ficou destruído após pousar na zona rural e o resgate das vítimas mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, da prefeitura e da Polícia Militar.

Moradora do Distrito Federal, Júlia foi uma das vítimas que sobreviveu. Abalada, a atleta fez uma postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (18/5), contando sobre o momento de terror vivido, e como é ser paraquedista. “Esses foram os nossos saltos antes do acidente… E essa é a vida do paraquedismo: é amor, dedicação, sintonia, presença, responsabilidade, diversão. É um esporte que você precisa estar 100% nele”, disse a jovem, na publicação.

 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Ju?lia Losada (@julialosada)

Identificados como Wilson José Romão Júnior, conhecido como Juninho Skydive, 38 anos, e André Luiz Warwar, 53 anos, os colegas de Júlia perderam a vida praticando o que amavam.

Acidente

O avião que transportava os parquedistas em Boituva caiu no dia 11 de maio em Boituva, no interior de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nove pessoas foram atendidas pela corporação e duas sofreram parada cardiorrespiratória. A prefeitura da cidade informou que as duas pessoas não resistiram e morreram.

O avião tinha partido do Centro Nacional de Paraquedismo, com passageiros que fariam saltos de paraquedas. De acordo com as primeiras informações dos militares, o avião de pequeno porte teria colidido com uma torre de alta tensão. Houve vazamento de combustível, mas não houve incêndio.

O CNP é um espaço com 99 mil metros quadrados que promove aproximadamente 20 mil lançamentos por mês, desde 2002. O centro é a maior área para prática de paraquedismo na América Latina e uma das maiores do mundo.

 

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