CRIME

Quadrilhas rivais trocavam ameaças com armas de fogo em Sobradinho

Segundo a Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, as terras que foram desocupadas pela operação pertencem à Terracap

Correio Braziliense
postado em 18/05/2022 18:52 / atualizado em 18/05/2022 18:55
Apesar de a ocupação está ocorrendo de forma irregular, a Polícia Civil afirma que os grupos rivais estavam realizando
Apesar de a ocupação está ocorrendo de forma irregular, a Polícia Civil afirma que os grupos rivais estavam realizando "parcelamento irregular" - (crédito: Divicom/PCDF)

O Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quarta-feira (18/5), a Operação Terra Livre, com foco em duas quadrilhas que brigam pela posse ilegal de terras em Sobradinho. De acordo com a Divisão de Comunicação da corporação, as terras pertencem à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e são destinadas à concretização do próprio Pólo de Cinema. "Trata-se, ainda, de área de proteção ambiental e de um manancial", informou, em nota. Mandados de prisão foram cumpridos e três suspeitos são considerados foragidos. 

A ocupação estava ocorrendo de forma autorizada. Ainda assim, notou-se que os grupos rivais estavam realizando “parcelamento irregular” em terras para cultivo abaixo de dois hectares. Esses grupos chegavam a se ameaçar com arma de fogo. "Faziam também ocorrências policiais fraudulentas, imputando crimes uns aos outros. Chegavam inclusive a ligar no 190, simulando situações flagranciais que prejudicassem o grupo rival", diz a nota da PCDF.

Ambos os grupos tentavam simular a permanência no local há vários anos e chamavam isso de “novatos de boa-fé”. Eles ainda fizeram gambiarras de energia elétrica, instalações hidráulicas que ameaçam os recursos hídricos da área, havendo, ainda, indicios de venda de carvão. Segundo a nota, as duas organizações tentavam se infiltrar no meio político para conseguir algum tipo de favorecimento.

A Polícia Civil ainda informa que, ao todo, devem ser crumpridos quatro mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão. No entanto, as prisões são preventivas, "com força de durar até o fim do processo".

Caso sejam condenados, os integrantes dos dois grupos podem pegar de 7 a 22 anos de reclusão pela prática dos crimes de associação criminosa, parcelamento irregular do solo e crimes ambientais. Três suspeitos são considerados foragidos.

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