Crime

Golpistas que usavam telefones do MPU são alvos de operação da PCDF

Operação Hemera foi deflagrada nesta sexta-feira (13/05). São cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em três cidades de Goiás

Thaís Moura
postado em 13/05/2022 11:13 / atualizado em 13/05/2022 11:21
 (crédito: Divulgação/PCDF)
(crédito: Divulgação/PCDF)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (13/05), a Operação Hemera, com objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra criminosos que usavam números de telefone do Ministério Público da União (MPU) para dar golpes em idosos. São cumpridos quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Goianira e Aparecida de Goiânia (GO).

A operação, com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), é resultado de uma investigação iniciada há cerca de quatro meses pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), cujo objetivo inicial era apurar a identidade dos responsáveis por aplicar o golpe do WhatsApp em um idoso, em janeiro deste ano. Na ocasião, os suspeitos entraram em contato com a vítima, pelo aplicativo, e se passaram pelo seu filho para pedir dinheiro. O idoso fez uma transação de quase R$ 15 mil aos criminosos, em três operações via Pix, e as transferências chegaram a conta de uma mulher, em Goiânia (GO), e de um homem, em Aparecida de Goiânia (GO).

Na investigação, os policiais apuraram que os criminosos faziam acordos para que outras pessoas emprestassem as contas bancárias para o grupo, em troca de 5% a 10% do valor da transação recebida no golpe. De acordo com a PCDF, o homem beneficiado pela transferência do idoso de Vicente Pires foi convencido pelo irmão a entrar no esquema.

A operação verificou que, entre 16 de janeiro e 25 de fevereiro, foram utilizados 154 chips telefônicos diferentes, de DDDs diversos, no aparelho de telefone celular usado para enganar a vítima. Entre os 154 chips, 7 tinham DDD 61, do Distrito Federal (DF) e desses 7, 3 linhas estavam habilitadas no nome do MPU e haviam sido utilizadas para praticar outros crimes de estelionato em janeiro deste ano.

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