Os hospitais públicos do Distrito Federal administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica do DF (Iges-DF) estavam correndo risco de ficar sem refeições para os pacientes e funcionários. Isso porque a empresa responsável pelo fornecimento dos alimentos não pagou os funcionários, o que estava afetando a manutenção do serviço. Para evitar a interrupção, O Iges-DF anunciou — nesta quinta-feira (12/5) — que assumirá a elaboração, preparo e fornecimento do serviço.
A medida é provisória, somente até que a segunda empresa vencedora da última licitação assuma toda a operação. Esta decisão foi tomada depois que a Salutar, empresa responsável pelo serviço, deixou de cumprir o acordo com o Iges-DF por ter as contas bancárias bloqueadas judicialmente em uma ação movida por fornecedores que não foram pagos.
Além da interrupção do fornecimento de alimentos, a Salutar também deixou de pagar os funcionários, o que gerou mobilização dos trabalhadores. "Há dias são feitas tentativas de negociação para que nem os empregados da empresa, nem os serviços prestados sejam prejudicados”, informou o Iges-DF por meio de comunicado.
“Diante de todos os fatos apontados, dos relatórios de gestão com inúmeras falhas de execução e do iminente risco de serem a assistência e pacientes prejudicados, a Diretoria Executiva do Iges-DF deliberou pela convocação da segunda empresa vencedora do processo licitatório a fim de que a mesma assuma toda a operação como é legalmente previsto”, garantiu o instituto.
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Manifestação por falta de pagamento
Na terça-feira (10/5) funcionários da Salutar protestaram em ato, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), devido à falta de pagamento da empresa. Cerca de 30 funcionários se reuniram para reivindicar os direitos trabalhistas.
“Os empregados da empresa não receberam pagamento e por isso suspenderam o fornecimento dos alimentos. Importante destacar que a Salutar, empresa vencedora de licitação para fornecimento de refeições nas unidades do instituto, informou que não pode realizar o pagamento aos empregados uma vez que sua conta bancária está bloqueada judicialmente (por credores fornecedores)”, esclareceu o Iges.
Na ocasião, o instituto ainda alegou que também estava tendo problemas com a Salutar, mesmo que os pagamentos do Iges à empresa estivessem em dias. “Ressalta-se que o instituto vem tendo problemas com a empresa como inclusive foi noticiado pela imprensa, no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados e até mesmo dos alimentos fornecidos”, revelou.
Atualmente, o Iges-DF faz a gestão do Hospital de Base e do Hospital Regional de Santa Maria, além das unidades de pronto atendimento (UPAs) de Ceilândia, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de Samambaia, de São Sebastião e de Sobradinho.
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