Choro e perplexidade marcaram o velório do corpo da cozinheira Jardeane do Carmo Paz Gabriel, 32 anos, vítima da explosão de uma panela de pressão na cozinha do restaurante Tavares, de Ceilândia Norte, enquanto cozinhava feijão para o almoço. Na capela 3 do Cemitério de Taguatinga, familiares e amigos prestaram a última homenagem.
Emocionada, a tia de Jardeane, a auxiliar de limpeza Maria Madalena do Carmo, 58, lembrou de quando a sobrinha veio de Caxias (MA), há 11 anos, e morou um tempo com ela. "Ela sempre foi alegre e todo mundo amava aquela menina, que fazia amizade muito fácil", descreve.
A parente de Jade informa que a mulher perdeu a mãe aos cinco meses de nascida após complicações do parto. No DF, Jardeane teve alguns trabalhos antes de virar cozinheira. Ela foi atendente em uma loja de roupas, outra de brinquedos e gerente de padaria. "Ela era muito trabalhadora", comentou a tia, que a recebia em casa para cozinhar junto da família. "É muito triste porque ela representava tudo para mim", finaliza a tia da cozinheira.
Em entrevista à reportagem, o capitão Paulo Jorge Trindade, do Serviço Operacional de Informação Pública (Soinp) do Corpo de Bombeiros, informou que nenhuma das três cozinheiras que estavam perto da panela sofreu queimaduras, mas entre elas, Jade sofreu um traumatismo craniano grave. "Ela teve um ferimento na região frontal da face e na posterior", detalha o militar. O oficial acredita que a tampa da panela foi lançada para fora. "Ela também ficou com um ferimento na parte posterior da cabeça, quando ela deve ter caído no chão", analisa o bombeiro.
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