Apesar de estar disposto a concorrer novamente ao Senado Federal, o presidente do PSD no DF, Paulo Octávio, acredita que a decisão definitiva sairá nos últimos minutos do prazo para registro de candidaturas, em 5 de agosto. Em entrevista ao CB.Poder desta segunda-feira (9/5) — uma parceria do Correio com a TV Brasília — o empresário conversou com a editora de Política local, Ana Maria Campos, sobre esse cenário e também se mostrou alinhado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) na corrida ao Palácio do Buriti. Qualquer aliança, no entanto, também deverá ser definida apenas em agosto.
O presidente local do PSD vê que o quadro político nacional dependerá da situação econômica. “O cidadão quer ver como está a economia, se está crescendo ou não. As pessoas estão assustadas com a inflação. Cria-se muita incerteza. Acho que o eleitor vai ter muitas dúvidas e quem apresentar candidatos (estaduais e federal) com melhores propostas, conseguirá arrebatar o coração do povo. No caso de Brasília, o nosso partido tem um entendimento com o governador Ibaneis, e tenho dito sempre que precisamos apresentar essas propostas de governo para 2022”, afirma.
Na avaliação dele, os eleitores de Brasília têm algumas características que influenciam o contexto eleitoral. “O eleitor daqui muda muito. Candidaturas pequenas de repente disparam. A política é dinâmica, e nada melhor do que mostrar um serviço prestado. Candidatos menores a postos majoritários terão muita dificuldade. O eleitor de Brasília é exigente, e por isso não acredito em candidaturas novas”, afirma o ex-senador.
Nas conversas internas do partido, Paulo Octávio vê os últimos ajustes antes do lançamento das candidaturas. “A campanha tem muitas regras para serem cumpridas e as eleições vão ser um desafio. Vamos ter 25 candidatos a deputado distrital e nove candidatos a federal, respeitando o 30% das mulheres, que está em lei. Conseguimos bons nomes”, declara.
Dentro da economia local, o empresário preza pela descentralização dos empregos no centro da capital, como via de desenvolvimento para o DF. “Temos que incentivar o desenvolvimento nas cidades: os empregos seguem concentrados no Plano Piloto, em uma batalha antiga de descentralizar esses empregos pela cidade, para não acumulá-los aqui. Temos que mudar o centro de atividade econômica”, explica.
*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer
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