PDAD

Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios tem resultados divulgados

A pesquisa de 2021 visitou 100 mil domicílios das 33 regiões administrativas do Distrito Federal. Desse total, 31 mil responderam

Carlos Silva*
postado em 09/05/2022 15:12
De acordo com Jean Lima, presidente da Codeplan, a pesquisa mostrou mudanças na utilização de serviços públicos por parte da população -  (crédito:  Ed Alves/CB)
De acordo com Jean Lima, presidente da Codeplan, a pesquisa mostrou mudanças na utilização de serviços públicos por parte da população - (crédito: Ed Alves/CB)

Ocorreu na manhã desta segunda-feira (9/5) a cerimônia de apresentação dos resultados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2021. Entre as novidades da pesquisa, está o resultado de maior demanda por serviços públicos e mudanças internas e externas em relação aos domicílios. Além disso, este ano também houve levantamento sobre segurança alimentar, presença de animais em domicílio e características relativas ao público LGBTQIA+.

No evento, o governador Ibaneis Rocha (MDB) destacou a importância da coleta de dados para a elaboração eficiente de políticas públicas. “A melhor maneira de não errar quando se propõe políticas públicas é, exatamente, ter uma coleta perfeita dos dados para que se possa avaliar quais são as políticas que devem ser aplicadas à população”, pontua.

A pesquisa

De acordo com Jean Lima, presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a pesquisa mostrou mudanças na utilização de serviços públicos por parte da população. “Observamos uma demanda maior pelos serviços públicos, principalmente na área da saúde – demandada pela pandemia – e também na parte de mobilidade”, explica.

A pesquisa de 2021 visitou 100 mil domicílios das 33 regiões administrativas do Distrito Federal. Desse total, 31 mil responderam. Todos os membros do domicílio – com 2,6 pessoas em média – respondem o questionário. De acordo com o presidente da Codeplan, mais de 80 mil pessoas foram ouvidas.

A Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Clarissa Schlabitz, destacou que uma das maiores dificuldades da pesquisa foi serem ouvidos pelos moradores. "Fomos visitar mais de 80 mil domicílios e recebemos muita recusa, porque não é uma pesquisa obrigatória. Solicitamos que a população responda. A população tem ficado cada vez mais arisca para responder, com medo de golpes, e isso tem sido uma dificuldade vista em todas as pesquisas que realizamos”, avalia.

Schlabitz também destacou que, em relação aos domicílios, houve melhora na infraestrutura interna e externa, com melhorias no policiamento e maior presença de ruas pavimentadas. A situação demográfica se manteve estável com relação à migração e aos arranjos familiares. A diretora ressalta que a maior mudança nos domicílios se deu em relação aos bens dentro de casa, com maior presença de streamings e maior cobertura de internet.

Codeplan como instituto

Outro ponto de destaque do evento foi a discussão sobre a transformação da Codeplan em um instituto de pesquisas, aos moldes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente da Codeplan explicou que o projeto seria transformar a companhia em uma autarquia, com carreira para os funcionários. “A ideia é transformar a Codeplan em uma autarquia, com regime estatutário. Os atuais empregados não migrariam para o regime estatutário, continuariam celetistas, e aí a Codeplan teria uma carreira, que seria de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, que fariam parte deste instituto, aí viraria uma autarquia como IBGE e IPEA”, esclarece.

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