Atualmente, o Distrito Federal é responsável por cerca de 0,1% das exportações do país. No primeiro trimestre deste ano, o valor exportado pela capital do país passou de US$ 75 milhões. Coordenador de ciências econômicas do Iesb, Riezo Silva prevê que Brasília vai bater um recorde de vendas internacionais neste ano. Para ele, os números demonstram que a economia local está se recuperando. "Ainda vamos ter um déficit na balança comercial, porque, realmente, é normal o DF ter mais importações do que exportações, ainda mais sendo uma das menores unidades da federação. Mas o percentual exportado, até agora no ano, está muito alto em comparação com o exportado pelo resto do país", avalia o economista.
Riezo Silva pondera que a exportação tende a ser menor quando a inflação está alta. "A gasolina e os fertilizantes estão bem mais caros, e, no DF, para você exportar, precisa enviar tudo por avião e navio, então, você acaba gastando muito com a transporte até o cliente. E, como o fertilizante está caro, a produção também está. Mesmo que isso proporcione um bom cenário econômico para o DF, não significa que todos os produtores estão lucrando com os altos números de exportação", analisa.
Nos últimos cinco anos, a balança comercial do Distrito Federal teve resultados negativos devido ao crescente número de importações, que se sobressaíram frente às exportações. Em 2017, as importações da capital representavam apenas 0,67% das importações totais do Brasil, e em 2021, esse percentual chegou a quase 2%. As importações de Brasília são compostas, majoritariamente, de produtos farmacêuticos adquiridos pela União, que entram no país pelo DF antes de serem distribuídos entre estados e municípios, explica a Codeplan.
Nos últimos dois anos, os itens mais exportados pelo DF foram carnes de aves, ouro não monetário, soja e óleos combustíveis derivados do petróleo. Emirados Árabes Unidos, China e Arábia Saudita foram os três países que mais importaram da capital em 2020 e 2021.
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