Familiares, amigos e admiradores de Marianne Peretti se reuniram na manhã deste domingo (1º/5) na Igreja Rainha da Paz, em Brasília, para a Missa de 7° dia que celebrou e homenageou a vitralista. Marianne faleceu na última segunda-feira (25/4), aos 94 anos, em Recife. Uma segunda missa também será celebrada neste domingo (1º/5), às 18h, na Catedral de Brasília.
O corpo da artista plástica foi velado neste sábado (30/4), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, e cremado em Valparaíso de Goiás. A família de Marianne fez questão que a cerimônia acontecesse em Brasília, onde estão suas obras mais marcantes. "Ela esteve aqui pela última vez em dezembro, e não chamei a imprensa na época porque era para ser mais um encontro de mãe e filha. Mas ela estava planejando vir aqui de novo em abril deste ano. Ela amava Brasília, e principalmente o céu da cidade", contou a filha da artista, Isabela Peretti, sob forte comoção.
A missa do 7º dia que celebrou a vida de Marianne, neste domingo (1º), foi liderada pelo bispo Dom Marconi, que foi auxiliar da Catedral na época em que a artista preparava os vitrais. "Marianne fez todos os vitrais da igreja em tamanho original, e de tanto se reclinar sobre os desenhos, ela teve um problema na coluna, que hoje já não é mais peso para ela. Agora, diante de Deus, ela tem uma visão muito mais bela do que os seus vitrais. Que o céu seja a sua recompensa pela beleza que ela deixou neste mundo", rezou o bispo.
Nascida em Paris, Marianne foi a idealizadora dos vitrais da Catedral Metropolitana, que se tornou um dos principais cartões-postais de Brasília. A vitralista também foi responsável por outras obras importantes, como os vitrais do Panteão da Pátria e do Memorial JK. Filha de mãe francesa e de pai pernambucano, Marianne cresceu e estudou na França. Chegou ao Brasil em 1956, aos 29 anos. Pouco tempo depois, conheceu Oscar Niemeyer e se tornou a única mulher a integrar a equipe de artistas responsáveis pela construção de Brasília.
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