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Primos colombianos são presos por extorsão em Vicente Pires

Os bandidos vieram de Cali, na Colômbia, ao Brasil para atuar sob ordens de um agiota. A dupla cobrava vítimas que faziam empréstimos com a organização criminosa

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um casal de primos colombianos acusados de extorsão e organização criminosa. Os suspeitos, de 30 e 21 anos, são oriundos de Cali, na Colômbia, e chegaram ao Brasil por meio de um agiota, com o objetivo de trabalhar como cobradores. A dupla foi detida durante ameaça a uma das vítimas da quadrilha, em Vicente Pires, na tarde de sexta-feira (29/4).

A atuação dos suspeitos chegou ao conhecimento de investigadores da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) depois que um trabalhador passou a ser extorquido e ameaçado de morte para que pagasse uma dívida adquirida pelo filho dele. O homem assumiu uma dívida com o agiota e, sem conseguir pagar os valores, fugiu do DF. Indignados, os criminosos passaram a aterrorizar o pai desse homem nas últimas três semanas.

A vítima, de 59 anos, era cobrada de segunda a sábado pelos bandidos e era obrigada a entregar qualquer quantia que estivesse com ela no momento. Sob grave ameaça, o lavador de carros já havia pago R$ 650 à quadrilha. Durante todo o período os criminosos não informaram ao trabalhador a quantia do empréstimo obtido pelo filho dele, tampouco o valor atual da dívida.

No início da semana, sem ter dinheiro para dar aos bandidos, a vítima decidiu procurar a polícia ao ser ameaçada por um dos cobradores, que falou que: “era para ela dar seus pulos, lavar seus carros e conseguir dinheiro", senão o grupo criminoso "iria tomar outro tipo de providência”.

A prisão

Temendo pela vida dele e da família, o trabalhador denunciou o esquema criminoso aos agentes da 38ª DP. Na última sexta-feira (29), em campana na região onde as cobranças eram realizadas, os policiais conseguiram prender em flagrante os primos colombianos. Eles foram pegos momentos depois da extorsão.

O homem chegou ao Brasil há cerca de oito meses. A prima dele, que o acompanhava na hora da cobrança, estava em Brasília há uma semana. A dupla responde pelos crimes de extorsão e organização criminosa, cujas penas podem alcançar os 18 anos de prisão.