Mais de 20 mil hectares de terra foram regularizados nos últimos dois anos no Distrito Federal. A área corresponde a mais de 200 km², ou cerca de 20 mil campos de futebol. A declaração foi feita pelo secretário de Agricultura do Distrito Federal , Cândido Teles de Araújo, durante entrevista para o CB.Agro - programa do Correio em parceria com a TV Brasília - nesta sexta-feira (29/4).
Para o secretário, o interesse em realizar regularizações fundiárias na pasta é unânime. Ele citou, durante a entrevista, um caso em que conseguiu regularizar um município inteiro no Mato Grosso, quando ainda era presidente do Instituto de Terras do estado.
“Era um município pobre. Não tinha nem agência de banco. Depois da regularização, que durou um ano e meio, aproximadamente, o município hoje é o quarto maior produtor de soja do estado do Mato Grosso. Ou seja, a regularização leva riqueza, paz e crédito”, elencou.
Uma outra iniciativa da secretaria que o responsável pela pasta comentou durante a conversa, e já está em andamento, é o projeto ‘Da porteira para dentro’. A ideia é atuar dentro das propriedades rurais do DF, no auxílio em questões que o dono de terras se depara, frequentemente, como a manutenção de estradas.
“A área rural do Distrito Federal tem um tratamento especial em relação ao resto do Brasil. Você não consegue ver isso fora. Asfalto na área rural. Parada de ônibus e ciclovia em áreas rurais, só em Brasília”, comentou.
Sobre a elevação dos preços dos alimentos no DF, o secretário afirmou que o custo de produção está muito caro. “Nós temos que comprar ração e ela vem de fora. A ração vem do milho e da soja. Essas grandes commodities, que têm um mercado internacional promissor. Então, há um crescimento de tudo isso em dólar, o que tem uma repercussão no pequeno produtor e, por fim, ao consumidor”, disse.
Desenvolvimento sustentável
O secretário Teles de Araújo ainda comentou sobre o Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do DF, que será lançado em breve e abrangerá os próximos 20 anos. O plano conta com a participação de 25 instituições, dentre elas a Embrapa, o Sebrae e o Departamento de Veterinária e Agronomia da UnB. A preocupação principal, para o chefe da pasta, é a disponibilidade de água para as próximas gerações. “Nós vamos ter água para produzir no futuro”, assegurou.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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