Cinco dias após espancar um adolescente de 14 anos, em uma quadra de esportes do Núcleo Bandeirante, o estudante Victor de Sales Batista, 27, se apresentou, ontem, na 14ª Delegacia de Polícia do Gama, e não na 11ª DP (Núcleo Bandeirante), que investiga o caso. Segundo um dos advogados do suspeito, Guilherme Aguiar Alves, a escolha foi por questões de segurança do acusado, que desde o episódio sofre com ameaças de morte dos moradores da Vila Nova Divineia.
O caso envolve crimes de ameaça, injúria e lesão corporal, com pena máxima de dois anos, mas a advogada da família do menor espancado, Andrea Quadros, pretende mudar a tipificação do caso para tentativa de homicídio doloso por motivo fútil. "Se a gente não conseguir isso em âmbito de apuração criminal, judicialmente a gente vai brigar", declarou.
À frente da investigação da ocorrência, o delegado-chefe da 11ª DP, Rafael Bernardini, disse que "a delegacia espera concluir a apuração até o final desta semana. Em entrevista ao Correio, o advogado do agressor afirma que, durante o depoimento, o suspeito não negou os fatos, mas que ele e o adolescente tinham tido uma discussão há um ano. "O menor chegou a ameaçá-lo de morte, dizendo que ele e o irmão o matariam, jogando ovo na casa do Victor", informa Guilherme Alves. Ele acrescenta que, no dia da agressão, a vítima jogou ovo na casa do vizinho. O advogado acrescenta que Victor, que toma medicação controlada por sofrer de depressão e ansiedade, tinha saído de casa para caminhar, mas se encontrou com o adolescente. "Acabou que se desentenderam, aconteceu a agressão", relata. O defensor complementa que, ontem, Victor perdeu o estágio na área de Recursos Humanos, por causa dos fatos.
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