O Museu do Catetinho, que passou os últimos dois anos fechado, reabriu nesta quinta-feira (21/4) para comemorar os 62 anos de Brasília. O espaço foi totalmente revitalizado e, agora, está aberto novamente ao público para visitas. Localizado em uma área de preservação ambiental do Distrito Federal, o Catetinho foi a primeira residência oficial do então presidente Juscelino Kubitschek na capital federal.
Marcada pelo clima de emoção, a cerimônia de reabertura do monumento ocorreu nesta manhã (21/4) e contou com a presença de diversas autoridades, como o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, e o governador Ibaneis Rocha (MDB). Na ocasião, o chefe do Executivo disse que o DF vive um momento de retomada e superação.
“Estamos em um momento de retomada, em um pós-covid ainda muito tenso que esperamos ultrapassar de vez, mas a entrega do palácio do Catetinho é muito representativo nesse momento”, disse Ibaneis. “É uma memória que precisa ser relembrada a todo momento porque traz a todos nós o significado do que é Brasília, que é a integração de todos povos, de todas regiões”.
A cerimônia também homenageou agentes de importância no cenário cultural do DF, a exemplo do editor de Cidades e Cultura do Correio Braziliense, José Carlos Vieira, que recebeu a Medalha do Mérito Distrital da Cultura “Seu Teodoro”.
“Esse homenagem é um reconhecimento ao compromisso do Correio com a cultura da cidade”, diz o editor, que dedicou a medalha a toda equipe do caderno Diversão&Arte.
O cantor pernambucano Zé do Pife, que fundou, em Brasília, o grupo musical Mestre Zé do Pife e as Juvelinas, foi um dos que receberam a homenagem na reabertura do Catetinho. Aos 78 anos, ele conta que nunca havia conhecido o monumento de perto até hoje (21/4), e que se sente lisonjeado por receber a medalha no espaço histórico. “Já dei uma volta aqui pelos quartos do Catetinho, a primeira vez que vejo, e fiquei encantado. É muito bonito, é muita história, muita cultura”, diz o cantor.
Com traços da arquitetura modernista de Niemeyer, o Catetinho nasceu da vontade de JK em ter um local para pernoitar e acompanhar a construção de Brasília de perto, enquanto as obras do Palácio da Alvorada não eram concluídas. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 396 mil na manutenção do Museu.
O local recebeu pinturas externas e internas, teve a limpeza de forros e a troca de peças de ipê que foram comprometidas. Orifícios na estrutura ainda receberam tela e espuma para evitar entrada de insetos e outros animais. Durante o período em que ficou fechado, o piso de cimento do pilotis também foi recomposto, assim como as vigas e pilares, que também ganharam um verniz novo.
A partir desta quinta-feira (21/4), o Museu do Catetinho está aberto para visitas de terça-feira a domingo, inclusive feriados, das 9h às 17h, com entrada gratuita. No local, além do acervo de 466 itens – entre peças de mobiliário, utensílios, livros, discos e outros objetos de JK –, também há uma área para piquenique e estacionamento gratuito. E, para agendar uma visita guiada para estudantes, basta entrar em contato pelo telefone (61) 3338-8803.