Cerca de 300 ciclistas se reuniram, na noite desta terça-feira (19/4), em Santa Maria para homenagear o casal Hilberto e Vera — mortos no último domingo ao serem atropelados por uma motorista bêbada — e pedir justiça e leis mais rígidas nas vias do Distrito Federal.
Além de diversos grupos de ciclistas, as famílias das vítimas estiveram presentes no ato. Com camisetas que estampavam a foto de Hilberto e Vera, a família foi marchando à frente dos ciclistas e clamando por justiça.
Filho único de Hilberto e enteado de Vera, João Vitor Oliveira, 21 anos, falou ao Correio que o ocorrido não pode ficar impune. “Eu espero que esse protesto faça uma pressão na justiça. Vamos protestar de forma pacífica, algo que fortaleça a memória do meu pai, um homem bom e trabalhador, que prezava pela paz acima de tudo”, disse o jovem.
Representando a ONG Rodas da Paz, o esportista Rafael Barros, 40, saiu do Plano Piloto para acompanhar o ato e pedir o fim da violência no trânsito. “A gente quer o fim das mortes dos ciclistas. Queremos um trânsito seguro e inclusivo para todos, e isso envolve uma série de iniciativas, como por exemplo a diminuição das velocidades nas vias e a limitação da velocidade máxima das vias”, declarou o ciclista.
O caso
O casal que foi atropelado e morto pedalaram juntos por um ano. Hilberto Oliveira da Silva, 47 anos, e a mulher, Vera Lúcia da Cruz Sampaio, 43, praticavam o esporte em via pública quando uma motorista em um GM Corsa de cor cinza atropelou o casal.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que a motorista, de 36 anos, dirigia sob efeito do álcool. Ela foi submetida ao teste do bafômetro, que constatou a alcoolemia de 0,62 miligramas de álcool por litro de ar expelido (mg/L). Em audiência de custódia, a mulher foi liberada sem pagar fiança, nesta segunda-feira (18/4).
Hilberto morreu no local e Vera chegou a ser transportada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com um ferimento no crânio, suspeita de traumatismo cranioencefálico, fratura no membro inferior esquerdo e escoriações pelo corpo. Na unidade de saúde, ela não resistiu e morreu.