VIOLÊNCIA

Síndico agredido em Águas Claras volta a ser internado com hemorragia craniana

Whaby Khalil percebeu que havia perdido os movimentos da perna direita e começou a perder a força do braço e a sentir fortes dores de cabeça

O síndico Wahby Khalil, 42 anos, agredido a socos por um personal trainer em um condomínio de Águas Claras retornou para o hospital Santa Lúcia, na noite desta sexta-feira (15/4), após perder os movimentos da perna direita e sofrer uma hemorragia craniana. O jornalista chegou a ficar internado na unidade de terapia intensiva (UTI) em estado grave e recebeu alta em 21 de março.

Em casa, Khalil percebeu que havia perdido os movimentos da perna direita e, nesta sexta (15/4), começou a perder a força do braço e a sentir fortes dores de cabeça. O síndico retornou ao Santa Lúcia e passou por uma tomografia craniana. Os médicos descobriram uma hemorragia craniana que estaria afetando parte dos movimentos motores.

No resultado do exame ao qual o Correio teve acesso, a equipe médica afirma que houve surgimento de um "hematoma subdural agudo". No começo da tarde deste sábado (16/4), ele passará novamente por cirurgia.

Saiba Mais

O caso

O síndico Wahby Khalil, 42 anos, foi agredido a socos pelo personal trainer Henrique Paulo Sampaio Campos ao chamar atenção do professor pelo incômodo causado por um saco de pancadas instalado em uma academia de um condomínio de Águas Claras. Em vídeo gravado pelo circuito de segurança do condomínio, é possível ver o momento em que Khalil é agredido por Henrique. A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga o caso.

Em vídeo enviado ao Correio em 19 de março, Khalil falou sobre os socos que recebeu. “Eu tenho falado que a maior dor que estou sentindo não é nem a dor física, a dor de saber que estou machucado pela queda, pelo murro, mas é a dor de saber que alguém que estava muito próximo a mim poderia ter me matado em um segundo”, disse o jornalista.

O síndico afirmou que assistiu ao vídeo que registrou o momento da agressão flagrado por câmeras de segurança. “O mais doído foi ver nas imagens a covardia. Ver que eu já estava caído no chão, precisando de ajuda, e, mesmo assim, a pessoa continuou ali desdenhando, falando, em vez de me ajudar. Aqueles segundos poderiam ser cruciais na minha vida. Isso é o mais doído e o mais cruel", afirmou na época.