O suspeito de matar o técnico em enfermagem André Lopes de Barros, 31 anos, se aproximava das vítimas para roubá-las com o pretexto de fazer programas, segundo a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O criminoso, de 30 anos, foi preso, nesta segunda-feira (11/4), em um hotel na cidade de Unaí, em Minas Gerais.
O delegado da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) Antônio João Dimitrov afirmou que o acusado, que não teve a identidade revelada, já havia cometido crimes de roubo e costumava se aproximar das vítimas, preferencialmente homossexuais. “Ele utilizava o encontro amoroso mediante pagamento para ganhar a confiança da vítima”, destacou Antônio. “Ele, inclusive, já tem antecedentes parecidos por crimes nos quais ele se aproxima de vítimas homossexuais a pretexto de realizar programas”, acrescentou.
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De acordo com a investigação, a motivação do crime seria a de roubo pelo histórico do acusado. “Ele se aproximou da vítima em uma região que concentra alguns bares na cidade. Compraram cerveja e foram para a casa da vítima. Dentro da residência, ele o amarrou, o matou e levou alguns pertences”, contou o delegado.
Segundo o delegado, após ser amarrado, André foi asfixiado pelo suspeito. A polícia aguarda o resultado do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para confirmar a causa da morte.
Responsável pela investigação do caso, Antônio ressaltou que o acusado já foi preso em outras ocasiões e estava em regime domiciliar. O suspeito seguirá para a Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da PCDF, onde passará por audiência de custódia nesta terça-feira (12/4).
O caso
O corpo do técnico em enfermagem André Lopes Barros foi encontrado no apartamento dele, em Ceilândia, sem as roupas e com os braços amarrados com um cabo de ferro de passar roupas, na tarde de segunda-feira (4/4). A imagem do culpado foi divulgada na sexta-feira (8/4) para ajudar nas buscas e identificação.
Amigos de André relataram ao Correio que, antes de sumir, a vítima esteve em dois bares da região na noite de sexta-feira (1°/4) e foi embora sem avisá-los, como de costume.
Um vizinho e também amigo da vítima bateu por diversas vezes na porta do apartamento, mas não obteve resposta. Após ficar preocupado, ligou para a proprietária do imóvel, que abriu a porta com uma chave reserva. O quarto de André estava trancado e a porta foi arrombada.