MEIO AMBIENTE

Batalhão ambiental confunde píton com jiboia

Uma cobra píton é procurada pelo Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em uma região de mata perto do Gama. O animal foi solto de forma proposital no local após ter sido confundido pelos agentes com uma jiboia na última quarta-feira.

A píton não é venenosa, mas por ser uma cobra exótica, o "retorno" do animal para a mata pode gerar riscos ambientais — além de possíveis acidentes com humanos.

O vídeo da soltura do animal na natureza foi divulgado pela própria PMDF. Após a divulgação, contudo, estudiosos deste tipo de réptil identificaram a cobra como uma píton. Ontem, a corporação emitiu uma nota admitindo a confusão e reiterando que já procura o animal.

Histórico

Vale lembrar que foi na região do Gama que a "Naja de Brasília" ganhou repercussão em 2020. O caso da naja foi manchete no Brasil todo. Após um estudante ser picado pela cobra e ficar em coma, foi revelado todo um esquema de tráfico de animais em Brasília. Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl e mais três pessoas — a mãe, o padrasto e um amigo — foram indiciadas pelo crime.

Além da naja, foram encontradas mais 22 serpentes em posse de Pedro Henrique. A criação dessa espécie no Brasil é proibida por lei. Após ser picado pela cobra, o estudante ficou cinco dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O animal foi abandonado perto de um shopping, no Lago Sul. Ao ser recuperado, ele ficou aos cuidados do Zoológico de Brasília e depois foi levado para o Instituto Butantan. A naja ganhou fama nas redes sociais, gerou vários memes e ganhou até mesmo um ensaio fotográfico.

Os acusados seguem em liberdade. Desde o início do processo, já foram realizadas três audiências de instrução, uma em junho de 2020, outra em setembro de 2021, e a mais recente, em novembro. O processo agora aguarda uma sentença.