Entre tantas frases de minha vasta coleção, para a ocasião de hoje, creio que nenhuma delas expresse com tanta força e veracidade o que, do fundo do meu coração, desejo, nestas "mal traçadas linhas", como os poetas escreviam antigamente.
Hoje, 6 de abril de 2022, é um dia marcado em meu coração com muito carinho e emoção pois, há exatos 19 anos, esta coluna chegou, diariamente, à casa dos leitores do Correio Braziliense. Cheguei junto com a grande reformulação do projeto gráfico e tudo o mais que um jornal — que tem a idade de Brasília — e seus leitores merecem. O nosso jornal capital.
Portanto, depois de uma trajetória desafiadora e trabalhosa, realizamos o sonho de transformar este espaço em um ponto de encontro de todas as pessoas, das artes, da cultura, da educação, do entretenimento, das famílias, das crianças, dos jovens, dos idosos, dos animais, das ruas, das praças e das pontes de Brasília inteira.
Por isso, o nome sugestivo que recebeu, 360 Graus, significa que nesta página cabe tudo: cidadania, patriotismo, bairrismo, amor, carinho, respeito, alegria, seriedade, fé, otimismo e vontade de ver esta cidade, os brasilienses e os imigrantes, como um todo e, acima de tudo, muito felizes e conscientes de que vivem no melhor lugar do mundo.
Muitas histórias, muita memória fotográfica, muitas revelações e apresentações de talentos que atuam nas mais diversas áreas; reivindicações atendidas pelo poder público; e conquistas, como o fantástico Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), que se tornou possível depois do inspirado "Recadinho" enviado ao secretário de Saúde da época, dr. Arnaldo Bernardin. Hoje, o HCB, com mais 10 anos de existência e 4 milhões de atendimentos, é um orgulho para os brasilienses!
Mudanças, como a nossa maravilhosa Feira de Artesanato da Torre de TV e tantas outras realizações, prêmios, condecorações, homenagens e reconhecimento, que nem temos espaço para elencar cada um.
Tudo isso fruto de muito trabalho, muito respeito para com os leitores, cujo único objetivo sempre foi "louvar o que bem merece", aspergir idéias, sugerir mudanças, semear soluções, visando o melhor para os brasilienses e cumprindo o nosso dever cidadão, o que me valeu o título de Guardiã de Brasília, pelo jornalista e ex-secretário de Cultura do DF Silvestre Gorgulho. Informal, mas que muito me honra.
Mesmo com o fato de estarmos reduzidas a três dias na semana (quartas-feiras, sábados e domingos), por conta da situação de pandemia que assolou o país e o mundo, cá estamos. Firmes. Mostrando Brasília e sua gente.
Na certeza de que "caminhamos e semeamos" tudo o que esteve ao nosso alcance, como Cora Coralina nos ensinou, estamos felizes com a colheita e a honra de poder chegar aos lares de centenas de famílias, de levar ao país e ao mundo o trabalho profícuo das 131 representações diplomáticas que honram Brasília com sua presença.
Hoje, para mim, é um grande dia e, por isso, ilustramos a matéria com a primeira página da 360 Graus, que, como uma prova de que havia mesmo chegado com o propósito de "louvar o que bem merece", homenageamos Dona Elza Nardelli (hoje, com 98 anos), um baluarte e um exemplo da prática da solidariedade e da ajuda ao próximo.
Jamais nos esqueceremos do quanto foi emocionante ver esta coluna impressa pela primeira vez!