O laudo do atropelamento da advogada Tatiana Thelecides Fernandes Machado Matsunaga, 41 anos, foi entregue ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a pedido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso ocorreu no dia 25 de agosto de 2021.
O documento oficial produzido pelo Instituto de Criminalística (IC), concluiu que o advogado Paulo Moraes Milhomem não conseguiria ter evitado o atropelamento, em função da velocidade/tempo e da distância que estava da vítima. No entanto, o laudo aponta que seria possível ter evitado o contato com o corpo de Tatiana, se o condutor optasse por mudar a direção do veículo.
“Cabe ressaltar que, embora o contato inicial entre o veículo e a pedestre não pudesse ter sido evitado, a transposição sobre o corpo da vítima poderia ter sido evitada, caso o condutor do FIAT/IDEA (veículo de Paulo) optasse por cessar o deslocamento de seu veículo, a partir do momento em que a pedestre se desloca à esquerda”, disse o documento.
O caso
Por volta das 9h do dia 25 de agosto, Tatiana saiu de casa para buscar o filho na escola, pois o menino, de 8 anos, não passava bem. Na volta, a servidora pública teria sido "fechada" por Paulo Ricardo, que dirigia um Fiat Idea cinza. Os dois tiveram uma discussão no trânsito e o advogado começou uma perseguição.
Imagens das câmeras de segurança de imóveis no Lago Sul registraram o momento da perseguição. Após 3km, na frente da casa da servidora, eles se desentenderam novamente. A servidora pública saiu do carro, foi em direção a Paulo Ricardo, mas voltou ao próprio veículo para buscar o celular e gravar a situação. Nesse momento, o advogado a atropelou.
Minutos depois de atropelar Tatiana em frente à casa dela, Paulo Ricardo aparece nas gravações. Desta vez, às 9h39, quando pegou o caminho contrário ao que percorreu durante a perseguição. Por pouco, ele não atingiu outro veículo. Ele foi embora sem prestar socorro a Tatiana.