Entre as áreas de educação, saúde, transporte e segurança pública do Distrito Federal, os hospitais e a mobilidade estão com as piores classificações entre a população. A avaliação faz parte do estudo A qualidade dos serviços públicos no DF: Uma visão da cidadania, divulgado nesta quinta-feira (28/4) pela equipes do projeto Observa DF. A iniciativa é comandada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB).
O levantamento destaca que 74,8% da população usa ônibus como meio de locomoção e que 59,5% procura atendimento em hospitais públicos. Em relação aos coletivos, 33% dos entrevistados consideraram o serviço péssimo; enquanto 25,6% avaliaram-no como regular; e 19,8%, como ruim.
A percepção sobre o metrô, porém, é mais positiva — apesar de a taxa de resposta ter ficado abaixo do indicador sobre as perguntas dos ônibus. Para 23,8% da população ouvida, o serviço é regular; 7,7% consideram o modal péssimo; e 6,9% avaliaram como ruim.
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Saúde
A pesquisa por amostragem revelou, ainda, que a maior parte da população avaliou negativamente os hospitais públicos. Mais de 84% consideram as estruturas regulares, ruins ou péssimas. Os demais serviços públicos nesse setor disponíveis à população foram mais bem avaliados: as unidades básicas de saúde (UBSs), por exemplo, foram receberam nota "ótima" ou "boa" de 20% dos entrevistados.
Apesar de 14,1% optarem por não responder, os profissionais da saúde receberam classificações melhores que os serviços. O atendimento dos agentes comunitários de saúde (ACSs) é ótimo para 7,1%; bom para 31,1%; regular para 29,1%; ruim para 8,3%; e péssimo para 10,3%.
Confira os resultados dos demais profissionais, como médicos e enfermeiros:
Conclusões
No estudo, os pesquisadores destacaram que "a avaliação dos servidores públicos — pessoas — é sempre mais positiva do que a das organizações". A análise dos especialistas também revela que, quanto mais próxima a atuação da população, melhor a percepção dos resultados.
"Hospitais têm uma avaliação péssima muito elevada. As UBSs são mais bem avaliadas do que eles, mostrando como o atendimento em instalações mais próximas à população, com um caráter de assistência preventiva e de baixa complexidade, acaba visto de forma mais positiva. A expansão dessa rede poderia aliviar ainda mais a pressão sobre os hospitais, algo que, certamente, está na base de sua baixa avaliação", sugere o texto.
A pesquisa ouviu mil entrevistados, na primeira quinzena do mês passado, em 26 das 33 regiões administrativas do DF. A estratégia de seleção dos domicílios incluiu cotas de gênero, idade e escolaridade, com base na escolha aleatória de setores censitários, após definição do tamanho de cada grupo de renda.
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