Professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal realizaram, na manhã desta quarta-feira (27/4), uma manifestação para cobrar reivindicações por parte do governo. Entre as pautas abordadas estão a recomposição salarial — diante do congelamento dos salários há sete anos —, a realização de concursos para professores, orientadores e monitores — profissionais que acompanham alunos com necessidades especiais — e a superlotação da sala de aula.
A paralisação dos docentes estava marcada para 9h, no estacionamento da Funarte, para uma assembleia geral, a terceira do ano. Entretanto, o movimento seguiu como uma manifestação rumo ao Palácio do Buriti.
Segundo Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), a assembleia foi transformada de ato em manifestação pois, assim que os presentes chegaram ao Buriti, foram impedidos de ficar em frente à sede do Poder Executivo do Governo do DF (GDF).
A diretora do Sindicato afirma que as reivindicações são urgentes. “A categoria tem comparecido por vários motivos, mas nós temos um pacote contra a gente, que é um desmonte da educação. Estão faltando profissionais, nós estamos hoje com mais de 50% dos professores temporários, tem que ter concurso imediatamente, tem que ter nomeação de professores. Tem falta de professor em algumas disciplinas, nossos estudantes estão até hoje sem aula. Isso é uma realidade que há muitos anos nós não vivíamos”, esclareceu.
Presente na manifestação, a professora aposentada Josabete Ornelas, 61, reafirmou a importância das pautas do movimento. “Já estamos há sete anos sem nenhum reajuste salarial. Enquanto isso, o custo de vida foi aumentando dia após dia, estamos com uma defasagem enorme. Espero que dê certo, é preciso”, acrescentou.
Além dos pontos supracitados, os professores também buscavam debater sobre projetos privatistas como homeschooling e voucherização do ensino, a revogação do novo ensino médio, o desmonte da Educação para Jovens e Adultos (EJA) e da educação inclusiva e o fim da militarização das escolas.
Ao Correio, o Sinpro-DF informou que todas as reivindicações discutidas em uma reunião com as secretarias de Economia e da Educação, que deve ser realizada no dia 5 de maio. "Em seguida, uma nova assembleia deve ser realizada, com data marcada para 12 de maio, para repassar aos professores os detalhes do encontro com as pastas", revelou o sindicato.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
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