Políticos, empresários, jornalistas e representantes dos três Poderes se reuniram, ontem, para celebrar e compartilhar memórias desde a fundação da capital federal, na inauguração da exposição Brasília e Correio Braziliense: 61+1 anos de história. A mostra fica aberta ao público, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), até 20 de maio. Por meio de 62 painéis de conteúdos multimídia, os visitantes podem fazer uma viagem pelas páginas do jornal que nasceu com a cidade de todos os brasileiros.
A abertura da exposição ocorreu com um coquetel. Um dos presentes, o governador Ibaneis Rocha (MDB) ressaltou a importância do resgate das publicações de 21 de abril desde 1960. "Em primeiro lugar, a história do Correio Braziliense se confunde com a de Brasília. E isso fica muito bem demonstrado por meio das capas de jornais que nós temos aqui durante os 62 anos da nossa capital. A importância de um veículo de qualidade e credibilidade valoriza muito a imprensa no Distrito Federal, (principalmente) em um período que o que vem se proliferando de forma indevida são as fake news", destacou o chefe do Executivo local.
Para o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, presenciar a exposição foi como uma viagem no tempo. "Para mim, que sou jornalista há muito tempo, visitar uma exposição dessas chega a ser emocionante. Você percebe a importância de um jornal para contar não só a história da cidade, mas também do país. O Correio Braziliense sempre foi uma publicação essencial para o DF e cobriu o Poder como ninguém", ressaltou. O responsável pela pasta da Cultura também demonstrou interesse em tornar a exposição itinerante.
Além dos painéis, a exposição disponibiliza uma cabine com as capas dos cadernos especiais publicados nos aniversários de Brasília. O ambiente é favorável para tirar fotos ao lado de imagens históricas, conhecer mais sobre a capital federal e viajar nos textos que nasceram com a cidade. Há, ainda, uma redação-mirim, montada na área externa do CCBB, onde crianças podem ouvir relatos sobre a construção pelos pioneiros e montar a própria capa de jornal.
Para o vice-presidente executivo do Correio, Guilherme Machado, a trajetória de Brasília e do jornal se misturam com frequência. "Em um ato visionário de Assis Chateaubriand, durante uma conversa com o presidente Juscelino Kubitschek, ele disse que, quando a nova capital fosse inaugurada, ele também inauguraria um jornal e uma emissora de tevê. Se foi 50 anos em cinco para JK, para Assis Chateaubriand também não foi fácil criar dois veículos de comunicação com tamanha rapidez", avaliou.
Editor executivo do jornal, o jornalista Vicente Nunes contou que ficou impressionado com a variedade das páginas exibidas na exposição. "Você consegue compreender o que é o projeto da construção de Brasília. Pelas capas do Correio, você consegue ver o tamanho da aventura que foi construir a nova capital no meio do cerrado", observou.
Memória
Em frente à capa de 1971, a integrante mais antiga da equipe do Correio, a jornalista Liana Sabo, prestigiou a exposição em lágrimas e relembrou pautas que marcaram a carreira dela. "Estou muito emocionada vendo tantas reportagens que tive o prazer de escrever. Essa capa de 1971 tem uma história engraçada, pois eu fui para um evento onde a Divina Elizeth Cardoso cantou. Ela estava com um vestido cor-de-cereja, segurando uma orquídea. Foi um show tremendo", relembrou a colunista, que considera os 54 anos de trabalho válidos por momentos como esse.
Saiba Mais
A história registrada é uma história contada. E, para ter acesso ao acervo do veículo de comunicação fundado há 62 anos, Francisco de Sousa Lima Filho reviveu todos esses momentos no Centro de Documentação do Correio Braziliense (Cedoc). O arquivista disse que o estudo para a exposição começou antes mesmo da pandemia da covid-19. Porém, devido à crise sanitária, foi necessário adiar os planos. "Todo resultado positivo é fruto de prazer. São pesquisas feitas com muita paixão, e percebemos isso nos mínimos detalhes. Hoje, temos aqui a história de Brasília, do jornal e de um país. Temos um acervo incrível. Eu estava lendo momentos em que vizinhos enviavam mensagens para o jornal, reclamando de outro vizinho, de brigas de cachorros e de lambretistas que andavam nas calçadas. Isso é muito legal", detalhou Chico, que trabalha na casa desde 1987.
Entre os participantes do evento de ontem, estavam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; o ex-governador José Roberto Arruda, acompanhado da esposa, a deputada federal Flávia Arruda (PL); o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha; o secretário de Comunicação do DF, Wellington Moraes; a procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa Barreto; além dos presidentes do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), Roberval Belinati, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Paulo Tadeu, e do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), José Cruz Macedo.
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