A motorista que atropelou e matou um casal de ciclistas em Santa Maria, no domingo (17/4), diz que estava sonolenta e dormiu ao volante no momento da tragédia. Stefania Midiã Silva de Araújo, 36 anos, foi presa em flagrante, por direção sob efeito de álcool e foi solta na segunda-feira (18/4). De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o nível verificado pelo bafômetro era de 0,66 miligramas por litro de ar alveolar, quantidade duas vezes superior ao mínimo de 0,3mg/l necessário para prisão do condutor.
A advogada da acusada, Thayná Freire, disse que Stefania não se recorda do momento exato da colisão pois havia dormido ao volante. “Com o choque, ela acordou, entendeu tratar de uma batida, voltou ao local dos fatos, prestou socorro às vítimas, não foi hostil e tão pouco desrespeitosa com os policiais”, afirmou. A defesa da mulher acrescentou que ela assumiu ter ingerido bebida alcoólica e está à disposição da justiça e da família das vítimas para “tentar minimizar os danos sofridos e presta os sentimentos pela perda.” A mulher alegou ter ingerido bebida alcoólica apenas na noite anterior ao acidente.
Stefania ficou detida por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A liberação da acusada ocorreu após audiência de custódia, na tarde de segunda-feira (18/4). A ré responderá ao processo em liberdade, mas teve o direito de dirigir suspenso.
Relembre o caso
O casal Hilberto Oliveira, 47, e Vera Lúcia da Cruz, 43, pedalava na região da QR 157 quando foi atingido pelo Chevrolet Corsa cinza conduzido por Stefania. Ele morreu no local; a segunda vítima foi levada pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A ciclista apresentava um ferimento no crânio, uma fratura na perna esquerda, escoriações pelo corpo e tinha quadro suspeito de traumatismo cranioencefálico. Ela não resistiu ao quadro e morreu na unidade de saúde, por volta das 22h50.
Stefania não se feriu, segundo os bombeiros. A corporação destacou que a condutora parou o veículo a cerca de 500 metros do local da colisão. Ao ser abordada pelos militares, a motorista disse não se lembrar da dinâmica do ocorrido. Quando policiais militares chegaram ao local do crime, a acusada teve um desentendimento com os PMs e acabou levada para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama).
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