Crime

Produtor musical é indiciado por receptação no caso do youtuber Klebim

Empresa de fachada era utilizada para fazer a lavagem de dinheiro, segundo a polícia que faz a Operação Huracán, que descobriu o esquema do influencer Klebim

Correio Braziliense
postado em 19/04/2022 10:02 / atualizado em 19/04/2022 10:07
Klebim fazia rifas ilegais de carros de luxo nas redes sociais -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Klebim fazia rifas ilegais de carros de luxo nas redes sociais - (crédito: Ed Alves/CB)

Um produtor musical foi indiciado pelo crime de receptação após as investigações da Operação Huracán, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Iniciada em 21 de março, a ação policial combate a associação criminosa de influencers como o youtuber Kleber Moraes, conhecido por Klebim, que promoviam e rifavam veículos por meio do Instagram e em canais do Youtube.

Segundo as investigações, o líder da organização criminosa, que seria o youtuber, teria usado uma empresa de publicidade de fachada para adquirir o veículo Ferrari de modelo 458 Spider, que foi apreendido no dia da operação. Parte dos valores utilizados na aquisição do carro, estimado em R$ 640 mil, passaram pelas contas da empresa de fachada, visando ocultar a origem dos recursos, que vinham das rifas ilegais.

Pelo crime, a Polícia Civil solicitou a apreensão do automóvel para Justiça e a medida foi deferida pelo Juiz da Vara Criminal do Guará. O carro foi apreendido na casa de um produtor musical, em Brasília. De acordo com a apuração policial, o produtor adquiriu o veículo do líder da organização criminosa sabendo que se tratava de um produto de crime de lavagem de dinheiro, o que caracteriza delito de receptação.

Crime de receptação

Novos elementos da investigação mostraram que o youtuber Klebim detalhava o esquema da lavagem para o produtor musical, que também trabalhava como empresário para o influencer.

Segundo informações da polícia, o líder da organização criminosa comprou o carro de uma loja de veículos de alto luxo de Goiânia, utilizando pelo menos oito cheques de uma empresa de publicidade de fachada. O total do valor pago foi de R$ 2,3 milhões.

Pouco depois, o carro foi vendido para o produtor musical, que, até o dia da operação policial, pagou para o influencer a quantia de R$ 1,6 milhões. O automóvel encontra-se apreendido desde o dia da ação deflagrada.

 

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