A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pediu que as motivações do esfaqueamento do repórter Gabriel Luiz, de 28 anos, sejam apuradas e esclarecidas. O jornalista foi atacado por dois homens na noite desta quinta-feira (14/4). O estado dele é grave.
A associação destacou, em nota, que ainda não se sabe se o crime tem relação com a atividade profissional de Gabriel, porém que é mais um caso de violência contra jornalistas registrado no país. "Não se sabe ainda se o crime — gravado por câmeras de vídeo — tem relação com a atividade profissional de Gabriel, mas ele se insere num quadro inaceitável de hostilidade a jornalistas e de crescimento da violência no país, estimulado pelo governo federal. A ABI exige que as autoridades policiais investiguem com empenho a tentativa de homicídio e a esclareçam o mais rapidamente possível", diz a nota.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) também cobraram uma investigação rigorosa do caso.
Gabriel Luiz foi esfaqueado na noite desta quinta-feira (14/4) perto de onde mora no Sudoeste. Imagens de câmera de segurança mostram os suspeitos do crime perseguindo o repórter. Outras imagens mostram o momento em que Gabriel corre ensaguentado para pedir socorro na portaria do prédio em que mora.
O repórter recebeu cerca de 10 facadas e teve perfurações de órgãos vitais, como pulmão e veias no pescoço e estômago.
Gabriel foi socorrido com hemorragia e levado ao Hospital de Base. Durante a madrugada, ele passou por cirurgias e o quadro dele é estável. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
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