A intervenção de um morador do mesmo prédio de Gabriel Luiz, editor do DFTV e esfaqueado nesta quinta-feira (14/04), impediu que o jornalista sofresse mais golpes dos criminosos. Ao Correio, o homem, que pediu para não ser identificado, detalhou que ouviu os passos apressados dos suspeitos durante a noite. "Meu apartamento fica de frente ao local em que tudo aconteceu. Consigo ouvir tudo de lá. Quando percebi os passos de alguém correndo já fiquei atento, e quando ouvi ele (Gabriel) dizendo 'não', entendi que havia algo errado", conta.
Para impedir a ação dos bandidos, o morador gritou com os criminosos. "Nessa hora a gente fala todo tipo de coisa. Gritei que ia descer, xinguei e falei para eles pararem. Eu ainda vi os golpes que ele levou no peito, e um no rosto", detalha.
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Quando os dois homens fugiram do local, o morador e a esposa desceram para ajudar Gabriel. "Minha esposa é socorrista e ela realizou as primeiras ações para estancar o sangue. Fizemos um torniquete na perna e eu corri atrás dos dois suspeitos. O porteiro nos ajudava e enquanto isso toso mundo ligava para pedir socorro", enfatiza.
Uma trabalhadora do comércio local avalia outro ponto: "É estranho ele ter levado 10 facadas, se a pessoa quer apenas roubar ela não dá tantos golpes".
Segundo informações recebidas pela reportagem, as cirurgias do Gabriel foram concluídas por volta de 11h. "Todas bem-sucedidas. Não houve perfuração do intestino. Ele vai para a UTI (unidade de terapia intensiva). Estado é crítico, mas estável", informa.
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*Estagiário sob supervisão de José Carlos Vieira
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