Saúde

MP orienta que Iges adote ponto após encontrar irregularidades em folgas

Recomendação do Ministério Público aconteceu após ser encontrado "deficiências de natureza grave", permitindo que os funcionários do instituto faltasse ao serviço e recebesse o salário como se estivessem trabalhando

Pablo Giovanni*
postado em 04/04/2022 21:19
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA Press)

O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) encaminhou uma recomendação ao Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges) para que seja adotado um sistema integrado de controle de ponto informatizado para todos os colaboradores do instituto. De acordo com o MP, por não ter um sistema de pontos, o Iges tem “deficiências de natureza grave”, permitindo que os funcionários faltem ao serviço e recebam o salário como se estivessem trabalhando.

Segundo a recomendação da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), a orientação foi motivada após informações de irregularidades na concessão de folgas e abonos legais de dentro do instituto. “Considerando que a ausência/deficiência do controle de pontos (de presença, falta, marcação de folgas e abonos — em especial no âmbito público) conduz a uma prestação de serviços de baixa qualidade à população”, salientou o promotor de Justiça, Clayton da Silva Germano.

A recomendação, encaminhada diretamente para a vice-presidente do Iges, Mariela Souza de Jesus, pontua que, caso não for instituído um sistema integrado de controle de ponto para todos os colaboradores do instituto, deve ser gerado um sistema manuel de pontos, para que haja uma fiscalização, controle e verificação de entrada, permanência nas dependências dos locais geridos pelo instituto e saída dos funcionários. 

Gestão

Desde a saída do ex-presidente do instituto, general Gislei Morais de Oliveira, em 21 de janeiro, o Iges segue sem um titular no cargo de presidente. Quem ocupa a função é a vice-diretora Mariela Souza de Jesus. Ao todo, o instituto gere o Hospital de Base (HB) e o Hospital Regional de Santa Maria, além de 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A reportagem do Correio tentou contato com o instituto sobre a recomendação do MPDFT, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno.

*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura


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