SEGURANÇA

PMDF abre processo para investigar se armas foram compradas com defeito

Ato vai apurar se houve descumprimento de contrato com a empresa CZ Armas. De acordo a Polícia Militar, unidades com falhas são exclusivamente para treinamento. São 25 armas, adquiridas por R$ 1.480, cada

Ana Isabel Mansur
postado em 04/04/2022 20:13 / atualizado em 17/06/2022 22:24
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) investiga se a empresa CZ Armas descumpriu cláusulas contratuais por conta de defeitos encontrados em armas compradas em 2020. A CZ Armas, representante brasileira da Ceská Zbrojovka, da República Tcheca, forneceu 11,5 mil pistolas P-10, a R$1.480, cada.

A PMDF afirmou que, do total adquirido, apenas 0,22% apresentou falhas, o que corresponde a cerca de 25 armas. De acordo com a corporação, os problemas encontrados estão no "pino 31 e na rampa de acesso à câmara das pistolas, que precisam de polimento."

O defeito causa "falha de carregamento e pane de trancamento, elevando, e muito, a demanda administrativa, pois as armas recolhidas precisam passar por análise e emissão de relatório, confirmando-se a necessidade de troca", detalha a PMDF, na portaria que abriu a apuração. A determinação é de 23 de março e foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) cinco dias depois.

Ao Correio, a polícia afirmou que as pistolas com defeitos não são usadas fora de treinos. "As armas que apresentaram problemas são utilizadas exclusivamente para treinamento e representam um quantitativo muito pequeno. Até o momento, nenhuma das pistolas distribuídas para serem utilizadas no policiamento apresentou defeito. A abertura do processo administrativo é uma medida preventiva adotada pela Administração Pública para oportunizar à empresa o direito de se manifestar e tomar as medidas cabíveis. Inclusive, os representantes da empresa Ceska Zbrojoka A.S. (CZ) já se colocaram à disposição para a solução dos problemas", escreveu, em nota.

A reportagem procurou a empresa responsável pelo contrato, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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