Pacientes portadoras de câncer de colo uterino tiveram tratamento interrompido no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Diante disso, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) e o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IGES-DF) dêem explicações sobre a interrupção da oferta de braquiterapia.
Além disso, o tribunal determinou que os órgãos expliquem como o acesso ao tratamento será garantido aos pacientes por meio da rede pública. A decisão ocorreu durante sessão plenária virtual na última quarta-feira (23/3).
Dentre os questionamentos a serem respondidos, as instituições terão que se manifestar sobre a existência de salas blindadas para a utilização do aparelho e sobre a disponibilização de profissionais capacitados para a realização do tratamento. O prazo para manifestação é de 30 dias contados a partir da notificação oficial.
A informação foi noticiado por meio de representação do Ministério Público junto ao TCDF, que explicou que a braquiterapia — até então disponível apenas no Hospital Universitário de Brasília (HUB) — não seria mais ofertada pela unidade, fato reconhecido em ofício do próprio IGES-DF.
Entenda como funciona a braquiterapia
A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna na qual um material radioativo é inserido dentro ou próximo ao órgão a ser tratado e a maioria das pacientes com neoplasia de colo uterino necessitam desse procedimento após a fase de radioterapia externa.
A grande vantagem do tratamento é que altas doses podem ser liberadas em um tempo relativamente curto e na localidade do tumor, poupando os tecidos saudáveis.
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