Operação

'Não fazemos contratos de manutenção de viaturas', diz Pafiadache

Sede da Secretaria de Saúde do DF foi alvo de operação que apura participação de servidores da pasta em fraude de contratos de manutenção de viaturas e pagamentos de vantagens indevidas do Detran-DF

Após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrar uma operação que investiga a participação de servidores da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) em um esquema de fraude em contratos de manutenção veicular e pagamentos de vantagens indevidas ao Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), o secretário Manoel Pafiadache, em coletiva de imprensa, salientou que atenderá as solicitações da polícia, mas esclareceu que não faz contratos do tipo. 

“Primeiro é atender todas as solicitações da polícia, segundo porque é um caso policial, e terceiro que nós não fazemos contratos. A secretaria não faz contratação de manutenção de viaturas, mas (estamos) extremamente abertos para qualquer tipo de investigação da polícia. Sempre que ocorre isso (operações), não é agradável, porém para o gestor isso é importante, porque vamos verificar se tem alguma coisa errada”, disse o secretário Manoel Pafiadache.

Nas investigações da Polícia Civil, os envolvidos podem ter cometido crimes de associação criminosa, estelionato e corrupção, cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de prisão. Ao todo, 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias regiões administrativas em duas operações simultâneas da PCDF, inclusive na sede da SES-DF, visando a coleta de outros elementos que contribuam para o esclarecimento das suspeitas da PCDF. 


Mais sobre a investigação

Simultaneamente, a Polícia Civil, com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), cumpriu duas operações na manhã desta quinta (31/3). De acordo com investigações, a 2ª fase da operação Recall apura crimes de superfaturamento em contratos de manutenção de veículos por parte de servidores do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF).

Ao decorrer das investigações, elementos colhidos na 1ª fase da Recall indicavam que fraudes eram praticadas com a utilização de cotação de preços muito acima dos praticados no mercado, com envolvimento de oficinas mecânicas. De acordo com o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), oficinas faziam cobranças de peças, mas os serviços não eram realizados nas viaturas do Detran, e tudo isso com consentimento dos servidores da autarquia, que autorizavam o pagamento.

Com informações da primeira fase, os investigadores apontam que esses pagamentos de vantagens indevidas não se restringiam somente ao Detran, mas que servidores responsáveis pela área de manutenção veicular da Secretaria de Saúde (SES-DF) poderiam fazer parte do esquema, o que acabou culminando na deflagração da operação Check-up, dentro de dependências da pasta de saúde.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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