Decisão sobre presidência regional do União Brasil pode levar à saída de Fraga

A fusão do Democratas com o PSL, que resultou na criação do União Brasil, abriu precedentes para disputas internas sobre as lideranças regionais. No Distrito Federal, com Alberto Fraga (DEM — E) e Manoel Arruda (PSL — D) na concorrência, a escolha da executiva nacional pelo nome do advogado pode levar à saída do policial militar da reserva da sigla.

Crise interna

Enquanto o partido aguarda os protocolos da Justiça Eleitoral para oficialização do nome de Manoel Arruda como presidente da legenda, internamente, o entendimento é de que, caso saia, Alberto Fraga terá reconhecido que perdeu a queda de braço. Desde o anúncio da nomeação de Manoel Arruda, antecipado pela coluna, o clima azedou na sigla. O advogado contou com apoio de caciques do União Brasil, mas Fraga fala em interferências externas e menciona o chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Anderson Torres, como um dos agentes no processo de definição.

Concorrência acirrada

O ministro e Manoel Arruda têm proximidade: além de ter sido indicado por Torres para a presidência do PSL-DF, o advogado assumiu cargos estratégicos na gestão do delegado federal à frente da pasta distrital de Segurança Pública e no MJSP. Agora, Fraga aguarda a finalização do processo de escolha do dirigente regional para anunciar se continuará ou não no União Brasil. "Para mim, é um constrangimento ficar disputando a presidência de um partido do qual fiz parte por quase 20 anos, que é o DEM", criticou.

Projeto pode mudar cargos no TJDFT

A automação de tarefas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) levou a Corte a apresentar um projeto de lei (PL) que muda 196 postos de trabalho. A proposição transforma quatro funções de auxiliar e 192 de técnico judiciário em 118 cargos de analista. A justificativa da matéria destaca que há "crescente aumento da demanda de servidores para a atuação nos gabinetes e nas unidades da área finalística do órgão". O texto chegou à Câmara dos Deputados no ano passado e deveria ser votado ontem, em regime de urgência, mas acabou fora da Ordem do Dia devido ao encerramento da sessão.