Ceilândia

Colegas de escola choram por Gabriel

O percurso feito por Gabriel Gomes Barbosa — morto aos 24 anos, vítima de uma facada na barriga desferida na tarde de quarta-feira (16/3), na QNN 37, em Ceilândia Norte — era rotineiro para o rapaz, supostamente surpreendido por Gabriel Santos da Silva, 23 anos, acusado do crime.

Gabriel Barbosa costumava ir para a escola onde estudava, o Centro de Ensino 07 (CED 07), e voltar para casa de bicicleta. A diretora Adriana Sousa, 49 anos, relembra que o rapaz estudava desde 2013 no colégio com outros colegas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Interventiva — para alunos com deficiência intelectual.

Ela lamenta a perda da vida do jovem estudante. "Ele participava do projeto de futsal da escola e era bem quisto pela comunidade escolar", afirma. Ontem, os estudantes foram direcionados para atividades ao ar livre para aliviar o estresse do momento. "Nós os levamos para o jardim sensorial e para uma horta, para poderem ter um contato maior com a natureza", relata a educadora.

A diretora conta que a escola sentiu um grande baque com a morte do rapaz. "Eles chegaram muito chorosos hoje e vieram à escola buscar um acolhimento. Tanto que demos algumas orientações de como devem andar na rua, sem fones de ouvido, com atenção a quem está próximo deles e sem celular na mão", detalha.

Até o fechamento desta reportagem, a 19ª DP (Ceilândia Norte) não havia localizado o suspeito.