Uma briga entre namorados por conta do volume alto de um celular virou caso de polícia, na quadra 703 da Asa Norte. Por volta das 12h30 de terça-feira (15/3), o garoto de programa Lucas Fonseca Ribeiro, 29, deixou o celular do companheiro cair no chão sem querer ao receber o aparelho da mão do parceiro. "Ele pediu para baixar o volume, porque não sabe mexer no celular, que é novo", relembra.
O parceiro pediu para diminuir o som do aparelho, que tocava uma música. “Ele falou que iria me matar, e quebrou o meu braço, me deu socos, quebrou a casa toda, como a porta do banheiro, o rack e garrafas de vidro”, detalha o rapaz.
Na discussão, o namorado de Lucas quebrou o celular dos dois, que foram comprados pelo denunciante. “Em outros estados, ele já agrediu tio e outros familiares”, assegura. O rapaz tentou registrar boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) como crime da Lei Maria da Penha, mas os policiais da unidade cadastraram o caso como lesão corporal. A legislação abrange apenas mulheres homossexuais, transexuais, travestis e transgêneros que se identifiquem socialmente como mulheres.
"A gente estava a 40 minutos de fazer uma viagem de ônibus a São Paulo para fazermos uma cirurgia plástica no rosto, quando ele trancou a porta, tentou me agredir, escondeu a chave, a polícia teve que arrombar, e fomos para a 5ª DP", relata.
Durante a discussão, o rapaz ligou para a Polícia Militar do DF (PMDF) do telefone que estava na mão, mas o companheiro quebrou o aparelho. "Comecei a gritar para todo mundo na rua 'socorro, chama a polícia', quando pararam dois camburões na frente, e eles (policiais) subiram", recorda Lucas.
Confira abaixo o vídeo em que os policiais arrombam a porta da casa do rapaz.
Retirada de queixa
Ao chegar na delegacia, o denunciante assinou um documento para retirar queixa sobre a acusação. Em seguida, o namorado de Lucas foi liberado da 5ª DP. Ao sair da unidade, agrediu o companheiro dentro de um shopping em frente à unidade. “Na praça de alimentação, ele começou a me empurrar e apertar no meu braço quebrado”, detalha o rapaz.
Saiba Mais
Por conta das agressões, o garoto de programa foi ao Instituto Hospital de Base de Brasília (HBB) por volta das 19h de terça-feira (16/3) para receber pontos na cabeça, que foi atingida por uma garrafada. Na unidade, ele aguarda uma cirurgia no braço.
Ao Correio, a Polícia Civil do DF (PCDF) informou que o caso foi registrado na 5ª DP (Área Central) como lesão corporal recíproca e dano. A unidade que investiga o caso é a 2ª DP (Asa Norte).