PROJETO

Encontro Arte Urbana no DF aproxima estudantes de artistas contemporâneos

2º Encontro Arte Urbana nas Escolas circula, nesta sexta-feira (11/3), em centros de ensino fundamental, entre eles os de número 4 e 19, em Ceilândia

Hoje consagrado como rapper, grafiteiro e b-boy, Rivas não precisa fazer grande esforço para lembrar a importância de ídolos paulistanos como Thaíde & DJ Hum, Código 13 e Racionais MC´s. Conhecido, à época dos anos 1980, como Kabala, quando começou, ao lado do irmão, o DJ Jamaika, Rivas sabe dos trâmites da difusão da linguagem do hip-hop, atuante na periferia, no imaginário de "90% dos meninos e meninas".

"Entendo a força do hip-hop dentro das escolas. No início, tudo era muito marginalizado. Mas, hoje, muitos ganharam fama nacional. Queremos chegar às escolas, trocar uma ideia, e mostrar que é possível chegar lá (no reconhecimento)", comenta Rivas, um dos nomes associados ao 2º Encontro Arte Urbana nas Escolas que, nesta sexta-feira (11/3), circula em centros de ensino fundamental, entre eles os de número 4 e 19, em Ceilândia. Samambaia e Sol Nascente também participam da ação.

"O hip-hop é uma forma de protesto que favorece a periferia. A reverberação do breaking, dos DJs, do grafite e da poesia falada de protesto continua. É uma cultura que está na casa de todo mundo. O link está no fato de ele se dar conta: 'isso, eu sei fazer'", observa a produtora cultural, e b-girl, Jane Alves. Ela conta que, para emplacar o projeto (em edital, com R$ 80 mil disponibilizados via Fundo de Apoio à Cultura), numa das quatro vagas, os organizadores disputaram com mais de 1.000 inscritos.

No evento de hoje haverá shows de Markx, DJ Ocimar e Rivas & Ravel, e dicas (em workshop) de Elom (graffiti) e Will Locking (danças urbanas), além de batalha de rimas com Ravel. As b-girls Alana (da Estrutural) e Rayane (Brazlândia) também tomam parte da festa de conhecimento.

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