Juntos, Brasília Ambiental, Universidade de Brasília (UnB) e Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), da Secretaria de Saúde, têm estudado ações de combate ao Caramujo-gigante-africano e de conscientização da população. A chefe de vigilância do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, Queila Cristina Barbosa Mendes, diz que o órgão vai se reunir com a administração regional para debater uma ação específica e orientar a população sobre os riscos e em relação ao extermínio. A intenção é iniciá-la ainda este ano. Barbosa afirma que a espécie tem se proliferado de forma muito rápida, mas que são fáceis de encontrar. Uma ação de ensino da população é esperada, visando que a proliferação do caramujo diminua.
Há uma série de desafios envolvendo os caracóis, desde as características do animal até a forma de extermínio. De acordo com a chefe de vigilância, o maior desafio neste plano de combate foi como eliminar a espécie de forma segura, devido a seu veneno ser agressivo ao meio ambiente. Os órgãos sugerem que a população faça o combate dos caracóis para evitar riscos e proliferação. Os animais e seus ovos devem ser recolhidos com as mãos protegidas e exterminados com água sanitária em um recipiente velho. As conchas precisam ser quebradas e depois enterradas na terra, de preferência com cal.
Sobre a espécie
Conhecido cientificamente como Lissachatina fulica, o Caramujo-gigante-africano é considerado exótico, invasor e nocivo às espécies silvestres, ao ambiente, à agricultura e à saúde pública, segundo instrução normativa de 2006 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Hermafroditas, os animais procriam a cada dois ou três meses com fecundação cruzada, podendo colocar até 400 ovos por postura. No DF, os moluscos costumam se reproduzir principalmente de janeiro até março, quando o período chuvoso é mais intenso. Habitam áreas agrícolas, costeiras, pântanos, florestas, urbanas e zonas ribeirinhas.
Entre os riscos causados pelo animal está a transmissão de doenças provenientes de um parasita que se hospeda em caracóis: o Angiostrongylus cantonensis. São elas a meningite eosinofílica, uma inflamação que afeta as meninges, e a angiostrongilíase abdominal, uma inflamação intestinal aguda. Também são considerados uma praga agrícola, custando aos agricultores suas safras.
*Com informações da Agência Brasília
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